A reportagem da KCNA informou que o líder do país, Kim Jong-un, supervisionou o lançamento, que ocorreu na segunda-feira na capital, e que o míssil percorreu 1.500 quilômetros, 400 a mais do que havia sido dito pelos vizinhos sul-coreanos, antes de pousar em águas entre a Península Coreana e o Japão. Ao falar sobre o teste, Kim descreveu o míssil como uma conquista crucial em seus objetivos de construir um arsenal “ao qual ninguém pode responder” e combater “diferentes ameaças à segurança que as forças hostis representavam”. “O sistema de mísseis hipersônicos conterá de forma confiável quaisquer rivais na região do Pacífico que possam afetar a segurança do nosso Estado”, disse. Lançamento de míssil hipersônico na Coreia do Norte — Foto: KRT via AP O lançamento ocorreu enquanto o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, visitava Seul para conversas com aliados sul-coreanos sobre a crise política vivida no país e a ameaça nuclear norte-coreana, entre outras questões. Em uma entrevista coletiva com o Ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul, Cho Tae-yul, na segunda-feira, Blinken condenou o lançamento da Coreia do Norte, que violou as resoluções do Conselho de Segurança da ONU contra os programas de armas do Norte e reiterou preocupações sobre o crescente alinhamento entre a Coreia do Norte e a Rússia na guerra de Moscou contra a Ucrânia. A KCNA não mencionou nenhuma crítica direta a Washington, Seul ou Tóquio, no entanto. Lançamento de míssil na Coreia do Norte — Foto: Korean Central News Agency/Korea News Service via AP Coreia do Norte acusa EUA e Coreia do Sul Em novembro, a ministra das Relações Exteriores da Coreia do Norte, Choe Son Hui, acusou os Estados Unidos e a Coreia do Sul de planejarem um ataque nuclear contra seu país durante uma reunião em Moscou com o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov. Ela não apresentou evidências para sustentar sua afirmação, mas mencionou consultas regulares entre Washington e Seul, nas quais alegou que tais planos estavam sendo discutidos. Choe, que afirmou que a situação na Península Coreana poderia se tornar “explosiva” a qualquer momento, disse a Lavrov que a Coreia do Norte precisava fortalecer seu arsenal nuclear e aperfeiçoar sua prontidão para realizar um ataque nuclear retaliatório, se necessário. A ministra norte-coreana afirmou também que o país está comprometido em ajudar a Rússia em sua guerra com a Ucrânia, a qual ela disse que Moscou venceria. “Reforçamos que estaremos sempre ao lado dos nossos camaradas russos até ao dia da vitória”, disse Choe.
Coreia do Norte exibe teste de míssil hipersônico e Kim Jong-un promete expandir arsenal nuclear
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