Enquanto isso, à margem da cúpula da Otan, saiu uma posição dura do G7 sobre os assentamentos israelenses: os ministros das relações exteriores declararam que se juntam “à Onu e à UE na condenação” do anúncio da legalização de “5 postos avançados” na Palestina, conforme denunciado nos últimos dias. “Rejeitamos também a decisão do governo israelense de declarar mais de 1.270 hectares na Cisjordânia como ‘terra estatais’ e de expandir os assentamentos existentes na Cisjordânia”, diz a nota do G7 Vatican News Somente morte e devastação sob os escombros da vasta operação israelense em Shujaiya, um bairro da zona leste de Cidade de Gaza. Cerca de sessenta corpos sem vida foram descobertos pela Defesa Civil da Faixa de Gaza no momento em que tinham lugar as negociações no Catar e prosseguiram na esta sexta-feira no Egito sobre um cessar-fogo entre Israel e o Hamas e a libertação dos reféns sequestrados durante o ataque de 7 de outubro. Dez meses de guerra No décimo mês da guerra e após o anúncio das Forças de Defesa de Israel (IDF) de que haviam concluído as operações lançadas em 27 de junho em Shujaiya, contra “terroristas” e túneis de contrabando, o porta-voz da Defesa Civil de Gaza, Mahmoud Basal, informou que agora na área “85% dos edifícios estão inabitáveis” e toda a infraestrutura foi “demolida”. Na quarta-feira, as IDF ordenaram a evacuação de todos os residentes, cerca de 300 a 350 mil pessoas, de acordo com uma estimativa da Onu. Enquanto as operações prosseguem no centro da cidade de Gaza e, em particular, na sede da Unrwa, onde Israel acredita que se encontram membros do Hamas, o jornal alemão “Bild” informou que o Ministério das Relações Exteriores de Israel enviou uma carta ao comissário geral da agência da Onu para refugiados palestinos, Philippe Lazzarini, listando os nomes de 108 funcionários da organização considerados presumíveis terroristas da facção islâmica no poder em Gaza. Também há relatos de ataques israelenses em Rafah. Palestinos caminham passando por prédios destruídos depois que os militares israelenses se retiraram do bairro de Shujaiya, a leste da Cidade de Gaza (AFP) Negociações em andamento Enquanto isso, na frente diplomática, as atenções se voltaram na sexta-feira para o Cairo, onde o enviado da Casa Branca para o Oriente Médio, Brett McGurk, continuou suas conversas com autoridades israelenses e egípcias sobre a trégua, os aspectos de segurança relativos ao acordo sobre os reféns e, em particular, a fronteira entre o Egito e Gaza, um ponto em que a linha do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu permanece firme, pois ele visa ao controle israelense do Corredor Filadélfia para impedir o contrabando de armas para o Hamas. Um sistema de vigilância eletrônica estaria sendo discutido a esse respeito. Sobre o plano de cessar-fogo, “ainda há diferenças a serem superadas, mas estamos progredindo”, garantiu o presidente dos EUA, Joe Biden, na coletiva de imprensa de encerramento da cúpula da Otan em Washington, no momento em que o conselheiro de segurança nacional Jake Sullivan anunciava o desmantelamento do cais de US$ 230 milhões que as forças armadas dos EUA construíram na costa de Gaza para levar ajuda humanitária à população exausta pelo conflito. Nos últimos dias, a equipe do Comando militar central tentou, sem sucesso, reposicionar a estrutura flutuante, depois que o mar agitado forçou os operadores a removê-la para evitar danos: o Pentágono falou de “problemas técnicos e relacionados ao clima”. G7 condena política israelense de assentamentos De Washington, à margem da cúpula da Otan, saiu uma posição dura do G7 sobre os assentamentos israelenses: os ministros das relações exteriores declararam que se juntam “à Onu e à UE na condenação” do anúncio da legalização de “5 postos avançados” na Palestina, conforme denunciado nos últimos dias por ongs e ativistas. “Rejeitamos também a decisão do governo israelense de declarar mais de 1.270 hectares na Cisjordânia como ‘terra estatais’ e de expandir os assentamentos existentes na Cisjordânia com 5.295 novas unidades habitacionais e estabelecer três novos assentamentos”, diz a nota, pedindo que “o governo israelense revogue a decisão” e descrevendo o programa de assentamentos como “incompatível com a lei internacional e contraproducente” para a paz. Palestinos caminham passando por prédios destruídos depois que os militares israelenses se retiraram do bairro de Shujaiya, a leste da Cidade de Gaza (AFP) Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui