Conselho Indigenista Missionário do Mato Grosso promove formação sobre crise ambiental

Conselho Indigenista Missionário do Mato Grosso promove formação sobre crise ambiental

O papel vital dos povos originários diante da crise ambiental foi destaque na abordagem feita pelo teólogo Leonardo Boff que ministrou formação sobre a urgência de ações diante do cenário atual de desafios socioambientais. Ele deu ênfase à sabedoria ancestral e à necessidade de mudança de paradigmas. Renan Dantas Em um encontro marcado por reflexões profundas e urgência de ações, o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), através da Regional do Mato Grosso, reuniu missionários indigenistas para uma formação sobre a crise ambiental e o papel fundamental dos povos originários na busca por soluções. Sob assessoria do teólogo, filósofo e escritor Leonardo Boff, o evento de 14 de maio proporcionou uma análise crítica do atual cenário global, destacando a importância de uma mudança de paradigmas e a valorização dos conhecimentos ancestrais para enfrentar os desafios do século XXI. Em um mundo cada vez mais afetado pela crise ambiental, o papel dos povos indígenas na busca por soluções sustentáveis se torna cada vez mais evidente. A urgência da ação Durante o encontro, Leonardo Boff enfatizou a necessidade premente de uma participação ativa na busca por soluções, afirmando que “somos os guardiões do futuro da humanidade”. Expressou solidariedade às vítimas das recentes enchentes no Rio Grande do Sul, denunciando a propagação de desinformação (fake news) que dificulta os esforços para salvar vidas e preservar o meio ambiente. Análise crítica da crise ambiental Leonardo Boff abordou as causas profundas das crises socioambientais, alertando para uma nova fase na história da Terra e da humanidade, caracterizada não apenas pelo antropoceno, mas também pelo necroceno. “Estamos testemunhando a dizimação de espécies e a ameaça constante do fogo”, destacou o teólogo. Ele criticou vigorosamente o paradigma moderno de dominação da natureza pelo ser humano, ressaltando a importância de uma visão mais holística e harmoniosa com o planeta, conforme defendido pelos povos originários. Valorização da sabedoria ancestral Ao destacar a sabedoria ecológica dos povos indígenas, Boff apontou para a esperança de encontrar soluções através da comunhão e reciprocidade com a Mãe Terra. “O futuro está nas mãos daqueles que amam e defendem a natureza”, enfatizou. Ele sugeriu que é necessário integrar sabedorias ancestrais com conhecimentos científicos contemporâneos, destacando a importância do diálogo entre ciência e espiritualidade na busca por uma nova visão do universo. O encontro do CIMI Regional Mato Grosso proporcionou uma profunda reflexão sobre a crise ambiental e a necessidade urgente de ações. A solidariedade, a responsabilidade e a valorização dos conhecimentos ancestrais emergiram como pilares fundamentais para enfrentar os desafios do século XXI. Como concluiu Boff, “a busca por uma nova civilização, baseada na fraternidade e no cuidado mútuo, é o caminho para a sobrevivência e o bem-estar de todas as formas de vida no planeta”. Colaboração: Diocese de Juína Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui

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