Conheça a curiosa importância de Campinas nos 30 anos de carreira de Jorge Vercillo

Conheça a curiosa importância de Campinas nos 30 anos de carreira de Jorge Vercillo

O cantor, que nasceu no Rio de Janeiro em 1968, diz ser filho da Música Popular Brasileira (MPB) e de “tudo que é bom”, o que ajudou na trajetória de se tornar um dos compositores com mais canções em novelas da Globo – são 23 até esta publicação. Na entrevista, ele ainda abordou as influências, o processo de composição de alguns dos maiores sucessos de carreira. “Eu acho que a música me escolheu, né? Eu escolhi a música mais a vida me deu respostas de sinais de que eu teria um futuro na música”, reflete Jorge Vercillo. 👀 O que você encontrará na matéria “Sensível Demais” em CampinasEntre a MPB e as NovelasAlcance MundialCriando sucessos Comemorado 30 anos de carreira, Jorge Vercillo lembra que redescobriu composição em passagem por Campinas — Foto: Rafael Mattei 🏙️ “Sensível Demais” em Campinas Vercillo guarda uma lembrança especial de Campinas. Ele conta que, em uma das passagens que fez pela metrópole, redescobriu uma antiga composição que nunca chegou a gravar. Durante uma entrevista em uma rádio, o apresentador mostrou a canção “Sensível Demais” interpretada por Chrystian e Ralf. “Me pegou de surpresa, porque eu tinha me esquecido dessa composição que era uma música da minha autoria. E ele falou assim, cara, o Caetano recorreu a Peninha para vender mais de 1 milhão de cópias. Por que você não recorre a essa música aqui? E ele botou para tocar e eu lembrei e tomei vergonha na cara e gravei”, lembra. O cantor gravou “Sensível Demais” em 2007 e afirma que ela se tornou um dos grandes sucessos do selo que criou. A música foi lançada primeiro por Chrystian & Ralf em 1998, depois Nalanda em 2003 e, por fim, Maria Bethânia em 2005. 🎶 Entre a MPB e as Novelas Vercillo relembra o começo de carreira, quando participou de festivais onde estava testando algumas composições próprias. Depois de alguns anos que já cantava na noite, ao ganhar os primeiros prêmios, sentiu que estava no caminho certo. “Eu ganhei prêmios, mas mais do que isso eu percebi a emoção nas pessoas. Então isso aí foi um sinal da vida”, fala. O cantor não imaginava que iria ter músicas suas escolhidas para trilhas de novelas, logo no primeiro disco já teve composições escolhidas para as trilhas das novelas “Mulheres de Areia” e “Tropicaliente”. “Eu não imaginava criar tantas trilhas de novela. Na verdade, eu compus músicas e essas músicas acabaram fazendo parte de trilhas. Não compus para as novelas, mas sou muito grato a vida por ter colocado tantas músicas mais herméticas como ‘Fênix’, ‘Raios da Manhã’, ‘Ela Une Todas As Coisas’, ‘Deve ser’, ‘Memória do Prazer’, ‘Face de Narciso’, ‘Vida é Arte’ também, que é uma música mais recente e que eu gosto muito.”, conta o cantor. Desde o início conta como a MPB estava no coração das músicas que criava, e sempre deixou claro que se considera um filho do gênero musical. Fala que quando começou inclusive recebia críticas fortes, que o acusavam de ser cover do Djavan. “Eu digo que eles estavam errados, eu sou um cover de Djavan, de Caetano, de Gilberto Gil, de Milton Nascimento e de Stevie Wonder. E de tudo que é bom na música Negra, no Jazz, no pop, na MPB. Sou um cover de tudo isso e ainda sou o cover do próprio Jorge Vercillo, porque a maioria das pessoas me reconhecem mais pela minha voz, quando eu estou falando perto do que a minha imagem. Então é sinal de que a minha voz tem uma assinatura”, afirma. Jorge Vercillo e a esposa curtem carnaval em camarote de Salvador — Foto: Erem Carla/g1 🌎 Alcance mundial O cantor, que vivenciou várias mudanças na cena musical, tem críticas em relação às plataformas de áudio e a forma como elas efetuam o pagamento aos artistas, pois considera os valores de remuneração muito baixos. No entanto, Vercillo reconhece a potencialidade das plataformas democratizarem a música. Ele afirma que quem acompanha mais o alcance das músicas é o filho, e foi com ele que descobriu que já possui mais de um bilhão de reproduções no mundo inteiro. O cantor se anima ao falar que as músicas dele ultrapassaram as fronteiras do Brasil e chegaram nos Estados Unidos e na Europa, por exemplo, destacando principalmente a Alemanha e os países da península escandinava. “A melodia vem primeiro antes da letra, então isso faz vender muito para outras línguas também”, diz. Foi no quarto álbum, em 2002, que o cantor deslanchou, o disco Elo atingiu 1,5 milhões de cópias e trouxe sucessos que iriam marcar o resto da carreira como ‘Homem-Aranha’ e ‘Que Nem Maré’. — Foto: Daniel Pinheiro/Divulgação 🎸🤟 Criando sucessos Um dos primeiros sucessos, o hit “Ela Une Todas As Coisas” completa 30 anos e traz vários significados para o músico. Jorge Vercillo conta que a canção é dedicada à mulher. “Ela só precisa existir como água, folha e indígenas na Amazônia, só precisa existir como música que atravessa as fronteiras. Independentemente de polarizações políticas religiosas ou culturais”, comenta Jorge Vercillo. Foi no quarto álbum, em 2002, que o cantor deslanchou. O disco Elo atingiu 1,5 milhão de cópias e trouxe sucessos que iriam marcar o resto da carreira, como ‘Homem-Aranha’ e ‘Que Nem Maré’. Como adora ficção científica e super-heróis, Vercillo afirma que criar a letra de Homem-Aranha foi uma brincadeira bem humorada de fazer uma crônica social, política com o personagem ao mesmo tempo que contava a vida do brasileiro. “Ser artista também é brincar de Leonardo Da Vinci, quando eu canto Monalisa. É brincar de super-herói, quando eu canto o Homem-Aranha. E a música tem esse lado plástico, esse lado da ficção, da ilusão, da fantasia, da fantasia gostosa. Daí imaginação da abertura que a imaginação nos dá.”, brinca. Já em quem “Que nem Maré’, Vercillo conta que começou compondo a melodia, daí escreveu a letra da primeira parte, pensando sempre de forma mais econômica. Mas o refrão que marcou a música, surgiu apenas meses depois quando o cantor estava na beira da praia, na Região dos Lagos no Rio de Janeiro. “Às vezes a letra demora a sair, mas quando sai a gente procura garimpar as palavras certas, as imagens, as metáforas certas. E quando eu compus essa música, comemorei sabendo que ia ser importante na minha carreira”, encerra. VÍDEOS: saiba tudo sobre Campinas e Região

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