Lar Cidades Companhia confirma morte de passageiro que não constava em lista e nº de vítimas de desastre aéreo em Vinhedo sobe para 62

Companhia confirma morte de passageiro que não constava em lista e nº de vítimas de desastre aéreo em Vinhedo sobe para 62

por admin
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De acordo com a empresa, o nome de Constantino não estava na lista de passageiros embarcados por uma “questão técnica identificada pela companhia referente às validações de check-in, validação do embarque e contagem de passageiros embarcados”. “Em respeito à identidade do passageiro e de sua família, a VOEPASS decidiu confirmar a informação de que Constantino estava a bordo do voo 2283 somente quando não houvesse dúvidas”, diz a nota da aérea. Constantino Thé Maia, 62ª vítima de acidente aéreo em Vinhedo — Foto: Arquivo pessoal Segundo a família, que já considerava a vítima desaparecida desde sexta-feira, Constantino tinha 50 anos, morava no Rio Grande do Norte e era representante comercial de várias empresas do ramo de construção civil. O avião caiu na tarde de sexta-feira em um condomínio residencial do bairro Capela, em Vinhedo. As 62 pessoas que estavam na aeronave morreram – foi o maior desastre aéreo do país em número de vítimas desde 2007. Imagens de drone mostram desastre aéreo com 62 mortes em Vinhedo Até a publicação, 21 corpos foram retirados dos escombros. Eles foram levados para o Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo, onde serão identificados. A perícia realizada durante a madrugada foi feita pelo gabinete de crise montado no local do acidente é formado pelas polícias Federal, Militar, Civil, Científica, além de Cenipa, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e representantes da companhia aérea Voepass. Um scanner 3D utilizado pela Polícia Federal é uma tecnologia moderna que acelera a localização dos corpos. Porta-voz do Corpo de Bombeiros, Maycon Cristo detalhou como foi feito o trabalho. Primeiro, foi realizada uma perícia na parte externa da aeronave e, posteriormente, iniciou-se um trabalho “mais meticuloso” de recorte do avião para a retirada de partes que estão em locais de difícil acesso. “A gente considera um documento, aparelho celular, posicionamento na aeronave, tudo isso para colaborar para a identifcação. Considerando toda essa coleta de evidências, aí a gente retira o corpo, coloca no carro e leva para o IML de São Paulo para concluir a identificação”, explicou. Perícia Científica no local da queda do avião em Vinhedo — Foto: Reprodução/EPTV Cronologia Veja, abaixo, da decolagem à queda, a cronologia do acidente: A aeronave decolou às 11h46 e o voo seguiu tranquilo até 12h20. Após 24 minutos, subiu até atingir 5 mil metros de altitude às 12h23, e seguiu nessa altura até as 13h21, quando começou a perder altitude.Nesse momento, a aeronave fez uma curva brusca. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), a partir das 13h21 a aeronave não respondeu às chamadas do Controle de Aproximação de São Paulo, bem como não declarou emergência ou reportou estar sob condições meteorológicas adversas.Às 13h22 – um minuto depois do horário do último registro – a altitude estava em 1.250 metros, uma queda de aproximadamente 4 mil metros. A velocidade dessa queda foi de 440 km/h.O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) informou que o ‘Salvaero’ foi acionado às 13h26 e encontrou a aeronave acidentada dentro de um condomínio. O que se sabe e o que falta saber ‘Meu Deus, um avião caiu no meu vizinho’: moradores se assustam com tragédia aérea Quem são as vítimas? A Prefeitura de Vinhedo confirmou, por volta de 15h30 da sexta-feira, que não havia sobreviventes. O governo do Paraná lamentou a morte de pelo menos oito servidores e profissionais ligados diretamente ao estado. São docentes e médicos da Unioeste, um professor da rede estadual e um funcionário da Sanepar. A comissária de bordo Rubia Silva de Lima, que morava em Bonfim Paulista, também faleceu no acidente. Passageiros do avião que caiu em Vinhedo são identificados — Foto: Reprodução/TV Globo Quais as hipóteses? Ainda não se sabe o que causou o acidente, mas a queda em espiral sugere a ocorrência de um estol — que acontece quando a aeronave perde a sustentação que lhe permite voar —, segundo especialistas. O estol é uma situação na qual a asa perde completamente a sustentação útil, o que causa a queda brusca do avião. A depender da altitude e da condição, é possível recuperar a altitude em voo. Qual a aeronave que caiu? Como era o avião que caiu em Vinhedo — Foto: Arte g1 Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o modelo que caiu em Vinhedo, ATR-72-500 da VOEPASS, é turboélice com 74 assentos. A aeronave é fabricada pela ATR, com sede na França, que é uma das maiores fabricantes de aviação do mundo. Ela estava com a documentação em dia e todos os tripulantes tinham habilitação válida. De acordo com a fabricante, o ATR-72-500 pode voar com velocidade máxima de 511 km/h. O modelo tem 27 metros de comprimento e de envergadura, além de uma autonomia de voo de 1.324 quilômetros. O peso máximo que o avião pode carregar em serviço é de 7 mil quilos. O avião tinha 14 anos de fabricação e era de um modelo conhecido no mundo da aviação por sua capacidade de operar em aeroportos de pista curta e de difícil acesso no Brasil e em outras partes do mundo, especialmente na Ásia, onde houve outros acidentes. Ficha técnica do ATR-72-500 (segundo a fabricante): Número de assentos: 74Velocidade de cruzeiro: 511 km/hComprimento: 27 metrosEnvergadura: 27 metrosAltura: 7,65 metrosAutonomia de voo: 1.324 km Como estava o tempo no momento da queda? Meteorologistas apontaram “áreas de instabilidade” e 35% de formação de gelo nas proximidades do local onde o avião caiu. De acordo com o Climatempo, no momento exato em que a aeronave estava fazendo a aproximação havia um “forte vento” de cauda – o que aumenta a velocidade do avião em relação ao solo. “Estimativas de modelos meteorológicos indicam temperaturas entre -9° a -11° C na altura correspondente a 500hPa na região de Vinhedo por volta das 13h local”, disse o órgão. O que diz a Voepass? O CEO da Voepass Linhas Aéreas, Eduardo Busch, concedeu entrevista coletiva na noite desta sexta e afirmou que os pilotos eram experientes e que os sistemas operacionais da aeronave estavam todos em funcionamento no momento da decolagem. “A VOEPASS Linhas Aéreas informa que a aeronave PS-VPB, ATR-72, do voo 2283, decolou de CAC sem nenhuma restrição de voo, com todos os seus sistemas aptos para a realização da operação”. Veja local da queda de avião em Vinhedo, interior de SP Investigação Militares do Seripa 4, órgão regional do Cenipa em São Paulo, chegaram em Vinhedo no final da tarde e, além de recuperar as caixas pretas, iniciaram os trabalhos de investigação do acidente. Segundo a FAB, o modelo ATR-72 possui duas caixas-pretas: uma que era responsável por gravar o áudio da cabine dos pilotos e uma segunda gravava dados da aeronave. Elas serão levadas para Brasília. Em nota, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) lamentou o acidente e disse que vai monitorar “a prestação do atendimento às vítimas e seus familiares pela empresa, bem como adotando as providências necessárias para averiguação da situação da aeronave e dos tripulantes”. “A Aaeronave operada pela Voepass acidentada em Vinhedo (SP) nesta sexta-feira, 9 de agosto, um ATR-72, foi fabricada em 2010 e se encontrava em condição regular para operar, com certificados de matrícula e de aeronavegabilidade válidos. O voo contava com quatro tripulantes a bordo no momento do acidente e todos estavam devidamente licenciados e com as habilitações válidas. A Anac continua monitorando a prestação do atendimento às vítimas e seus familiares pela empresa. Além disso, a Agência segue no acompanhamento dos desdobramentos das investigações do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa)”, disse a Anac. Vídeo mostra queda de avião em Vinhedo Foto mostra local da queda em Vinhedo — Foto: Claudia Vitorino/ Arquivo pessoal Trajetória de avião que caiu em Vinhedo — Foto: Arte g1 Avião cai no interior de SP Nota FAB A Força Aérea Brasileira (FAB) informa que, por meio do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), foi acionada para atuar na ocorrência da queda da aeronave da Passaredo, de matrícula PTB 2283, registrada na tarde desta sexta-feira (09/08), em Vinhedo (SP). Investigadores do CENIPA e do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA IV), órgão regional do Centro, localizados em São Paulo, já estão a caminho para realizar a Ação Inicial da ocorrência. Nota companhia aérea A VOEPASS Linhas Aéreas informa a ocorrência de um acidente envolvendo o voo 2283- avião PS – VPB, nesta terça-feira, dia 09 de agosto, na região de Vinhedo/SP. A aeronave decolou de Cascavel/PR com destino ao Aeroporto de Guarulhos, com 57 passageiros e 4 tripulantes a bordo. A VOEPASS acionou todos os meios para apoiar os envolvidos. Não há ainda confirmação de como ocorreu o acidente e nem da situação atual das pessoas que estavam a bordo. A Companhia está prestando, pelo telefone 0800 9419712, disponível 24h, informações a todos os seus passageiros, familiares e colaboradores. A VOEPASS Linhas Aéreas informa que a aeronave PS-VPB, ATR-72, do voo 2283, decolou de CAC sem nenhuma restrição operacional, com todos os seus sistemas aptos para a realização do voo. Nota aeroporto de Cascavel A gestão do Aeroporto Regional de Cascavel informa que aguarda informações da companhia aérea Passaredo que, no momento, é o único órgão que detém informações oficiais. Uma operação padrão de emergência regida pela equipe do Aeroporto está em curso para entrar em contato com as famílias de possíveis vítimas. A aeronave que saiu do Aeroporto Regional de Cascavel com destino a Guarulhos, caiu cidade de Vinhedo, São Paulo, na tarde desta sexta-feira (9). Nota Ministério Portos e Aeroportos O Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) lamenta profundamente o acidente envolvendo a aeronave com passageiros, ocorrida em Vinhedo-SP, no início da tarde desta sexta-feira (9), e manifesta solidariedade aos familiares e amigos das vítimas. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) está acompanhando a prestação do atendimento aos familiares pela empresa aérea, bem como adota as providências necessárias para averiguação da situação regulamentar da aeronave e dos tripulantes, no âmbito de suas atribuições. O Governo Federal acompanha ainda os desdobramentos das investigações oficiais sob competência do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). Imagem mostra local da queda de avião em Vinhedo — Foto: Arquivo pessoal

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