Com cinco novas mortes por dengue confirmadas nesta sexta-feira (5), Campinas (SP) atingiu mais que o dobro do número de óbitos pela doença registrados em 2015, ano que, agora, representa a segunda maior epidemia da doença da história da metrópole. As novas confirmações elevaram o total de vítimas da doença para 46 neste ano, frente às 22 vidas perdidas em 2015. Além disso, a cidade soma 113.446 casos confirmados em 2024; em 2015, foram 65.754 infectados. Segundo a prefeitura, os cinco novos óbitos aconteceram entre 15 e 27 de abril. São eles: Mulher, 30 anos, sem comorbidade. Atendida na rede pública e moradora da área de abrangência do CS Nova América. Os sintomas começaram em 7 de abril e o óbito ocorreu no dia 15 do mesmo mês.Mulher, 56 anos, com comorbidades. Atendida na rede privada e moradora da área de abrangência do CS Centro. Os sintomas começaram em 19 de abril e óbito ocorreu no dia 27 do mesmo mês.Homem, 82 anos, com comorbidades. Atendido na rede pública e morador da área de abrangência do CS Santo Antônio. Os sintomas começaram em 21 de março e o óbito ocorreu em 25 de abril.Mulher, 90 anos, sem comorbidade. Atendida na rede privada e moradora da área de abrangência do CS Taquaral. Os sintomas começaram em 19 de abril e o óbito ocorreu no dia 24 do mesmo mês.Mulher, 76 anos, com comorbidades. Atendida na rede privada e moradora da área de abrangência do CS Eulina. Os sintomas começaram em 21 de abril e o óbito ocorreu no dia 25 do mesmo mês. Em nota, a Saúde lamentou as mortes e se solidarizou com as famílias. Além disso, destacou que casos que têm o óbito como desfecho dependem de fatores como a procura precoce por atendimento, manejo clínico adequado e doenças preexistentes. “Não há relação direta com a oscilação de casos, embora o município registre, desde maio, redução da transmissão da doença, principalmente em virtude da diminuição das temperaturas”, destacou a pasta. ⚠️ Como saber se o caso é grave A Secretaria de Saúde recomenda aos moradores que, caso apresentem febre, procurem centros de saúde “imediatamente para diagnóstico clínico” e não banalizem os sintomas ou façam automedicação. Embora a dengue não tenha um medicamento específico, há uma série de medidas clínicas que podem evitar o agramento e óbito, se feitas a tempo. Por isso, é preciso ficar atento aos sinais de alarme. São eles: dor abdominal;muitos vômitos;algum sinal de sangramento (gengiva, por exemplo);menstruação em maior volume, no caso das mulheres;e sensação de desmaio. Segundo a então diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Andrea Von Zuben, o agravamento da dengue, diferente de outras doenças, acontece depois que a febre começa a diminuir. Sendo assim, caso apresente algum sinal, o paciente deve procurar uma unidade de saúde. “Quem estiver com suspeita ou dengue confirmada e apresentar sinais de tontura, dor abdominal muito forte, vômitos repetidos, suor frio ou sangramentos deve buscar o quanto antes por auxílio em pronto-socorro ou em UPA”, orientou. De acordo com Andrea, um ponto que faz a pessoa com dengue ter um desfecho favorável é conseguir beber a quantidade de líquido prescrita, que são 60 ml por quilo de peso. “Isso é em qualquer líquido e um terço disso em sais de hidratação oral”, alertou. Como saber se você está com dengue e se é grave Orientações à população 🌡️ A dengue causa febre alta e repentina, dores no corpo, manchas vermelhas na pele, vômito e diarreia, resultando em desidratação. 🚨 Ao apresentar algum desses sintomas, o morador deve procurar uma das unidades de saúde da cidade para atendimento médico, segundo a Secretaria de Saúde. Algumas medidas de prevenção são: utilize telas de proteção com buracos de, no máximo, 1,5 milímetros nas janelas de casa;deixe as portas e janelas fechadas, principalmente nos períodos do nascer e do pôr do sol;mantenha o terreno limpo e livre de materiais ou entulhos que possam ser criadouros;tampe os tonéis e caixas d’água;mantenha as calhas limpas;deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo;mantenha lixeiras bem tampadas;deixe ralos limpos e com aplicação de tela;limpe semanalmente ou preencha pratos de vasos de plantas com areia;limpe com escova ou bucha os potes de água para animais;limpe todos os acessórios de decoração que ficam fora de casa e evite o acúmulo de água em pneus e calhas;coloque repelentes elétricos próximos às janelas (o uso é contraindicado para pessoas alérgicas);velas ou difusores de essência de citronela também podem ser usados;evite produtos de higiene com perfume porque podem atrair insetos;retire água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa. VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região