Cid Moreira já foi confundido com Chapelin e era chamado de Cidão

Cid Moreira já foi confundido com Chapelin e era chamado de Cidão

São Paulo

O Conversa com Bial exibiu, na madrugada desta sexta-feira (4), uma entrevista gravada com Cid Moreira em setembro de 2020, no auge da pandemia.

Chamado por Bial de amigo, mestre e Cidão, como era conhecido entre colegas, o apresentador, morto nesta sexta-feira (4), contou histórias sobre a carreira, iniciada em emissoras de rádio e narrando comerciais na TV.

Uma das histórias divertidas ocorreu em um posto de combustíveis de Copacabana, no Rio.

Cid foi confundido com Sérgio Chapelin por duas mulheres e ouviu um pedido para ler as notícias mais rapidamente no Jornal Nacional. O motivo: elas queriam assistir a novela.

Colegas de trabalho no Fantástico, o apresentador fazia “tours” para a mesa de trabalho de Bial, inconformado com a desorganização. “Olha como é uma mesa bagunçada”, falava às pessoas que levava para ver de perto o espaço cheio de livros.

A modernização da locução e o documentário “Boa Noite”, de Clarice Saliby, também fizeram parte da pauta da entrevista.

No documentário, ele cita o encerramento do Jornal Nacional no dia 17 de agosto de 1987 como um dos mais marcantes de sua carreira. Foi o dia da morte do poeta Carlos Drummond de Andrade. Em pé, Cid leu o poema “E agora, José”, sussurrando o verso final. E abriu mão do tradicional boa noite.

“Formou fila para me cumprimentar”, contou a Bial.

A lendária apresentação do JN usando paletó, gravata e bermuda também foi lembrada. “Aconteceu uma vez só”, disse, explicando que chegou atrasado para o trabalho após ser surpreendido por um temporal e não teve tempo de se trocar da cintura para baixo.

A possibilidade de atraso virou um pesadelo recorrente para Cid, que temia viver de novo uma situação parecida.

Na época da gravação do Conversa com Bial, o apresentador aproveitava o isolamento da pandemia para estudar poesia. Ele respondeu como gostaria de noticiar o final daquele período difícil de restrições impostas pela Covid.

“Noticiaria como no fim do AI 5, com muita alegria e satisfação”.

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