“A Venezuela rejeita as graves, e, mais ainda, ridículas declarções, atribuídas ao secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, nas quais pretende assumir o papel do Poder Eleitoral venzuelano, demonstrando que o governo dos Estados Unidos está à frente do golpe de Estado que se prentende fazer contra a Venezuela, promovendo uma agenda violenta contra o povo venezuelano e suas instituições”, declarou Gil. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, que é a Justiça eleitoral do país, ainda não apresentou as atas, alegando uma falha no sistema causada por um ataque hacker orquestrado pela opsição. Mesmo assim, o CNE declarou Maduro vitorioso no pleito. Já a oposição montou um site no qual incluiu cerca de 80% das atas às quais teve acesso por meio dos observadores e representantes que estiveram nos locais de votação no dia das eleições. Também nesta sexta, o partido Presos Em v´deo publicado nesta quinta-feira (1º), Maduro diz ter prendido 1.200 pessoas após protestos contra resultado das eleições e afirma que os enviará para prisões de segurança máxima — Foto: Reprodução/X Na quinta-feira (1º), Nicolás Maduro disse ter prendido mais de 1.200 pessoas após os protestos que tomaram o país após a eleição venezuelana em 28 de julho. Maduro prometeu capturar outras mil pessoas. “Todos os criminosos fascistas vão para Tocorón e Tocuyito, para prisões de segurança máxima, para que paguem pelos seus crimes perante o povo”, escreveu em uma publicação na rede social X. A Venezuela mergulhou em um impasse político e social após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ter declarado o atual presidente, Nicolás Maduro, reeleito na eleição do último domingo, 28 de julho, e a oposição alegar ter havido fraude. O resultado é contestado pela oposição, liderada por María Corina Machado, por Edmundo González e pela comunidade internacional. As acusações são de falta de transparência da autoridade eleitoral venezuelana e há pedidos para a publicação dos resultados das urnas. A PUD afirma que González, que disputou a eleição contra o atual presidente, recebeu 67% dos votos, contra 30% de Maduro. Manifestações eclodiram por todo o país e pelo menos 12 pessoas haviam morrido até esta quinta, segundo ONGs que atuam no país. Diante do impasse, a Suprema Corte da Venezuela convocou os 10 candidatos à presidência –incluindo Maduro e González, a comparecerem nesta sexta-feira (2) para começar a auditoria da eleição. No entanto, integrantes da Suprema Corte foram indicados por Maduro e são alinhados a ele. “Admite-se, assume-se e inicia-se o processo de investigação e verificação para certificar os resultados do processo eleitoral”, expressou Caryslia Rodríguez, presidente da Suprema Corte. O CNE, órgão eleitoral, também é dirigido por um aliado de Maduro. Na quarta (31), Maduro disse que María Corina Machado e Edmundo González deveriam “estar atrás das grades” e afirmou que “a justiça chegará para eles”. A fala de Maduro, que segundo ele é uma “opinião na condição de cidadão”, foi uma resposta a uma repórter Madeleine García, da TV venezuelana “Telesur”, durante coletiva com membros da imprensa nacional e internacional. González disse nesta quinta, por meio da rede social X, que se mantém firme após a ameaça de prisão e que segue “ao lado do povo”. “Nunca os deixarei sozinhos e vou sempre defender sua vontade”. Em artigo ao jornal americano “The Wall Street Journal”, María Corina Machado disse que está escondida e que teme pela sua vida. Maduro não apresenta atas da eleição e EUA reconhecem a vitória de Edmundo Gonzalez
Chanceler de Maduro acusa EUA de estar ‘à frente de tentativa de golpe na Venezuela’
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