Censo 2022: Limeira tem maior taxa de endereços sem numeral entre as maiores cidades da região

Censo 2022: Limeira tem maior taxa de endereços sem numeral entre as maiores cidades da região

A ausência dificulta, por exemplo, que moradores recebam encomendas ou consigam atendimento de bombeiros ou do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O município conta com 14.406 endereços sem número, o que representa 9,66% do total, que é 149.104, segundo o registro do Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos (CNEFE). Veja, abaixo, o número das maiores cidades: Campinas: 26.197 endereços sem número (4,60% do total de endereços, que é de 569.237)Piracicaba: 13.809 endereços sem número (6,21% do total de endereços, que é de 222.546)Limeira: 14.406 endereços sem número (9,66% do total de endereços, que é de 149.104)Sumaré: 7.114 endereços sem número (5,50% do total de endereços, que é de 129.268)Indaiatuba: 5.583 endereços sem número (4,70% do total de endereços, que é de 118.746) Professor de arquitetura e urbanismo da PUC-Campinas, Fábio Muzetti elenca os problemas que a falta de um endereço bem definido pode causar. “Primeiro falta uma certa dignidade de você morar em habitação precária, não ter a documentação e nem posse disso. A consequência disso é a rua às vezes não existir e nem numeração da casa. Acaba não tendo CEP… Então é um problema social e acaba virando dando outros problemas a esse cidadão”. Os dados do Censo 2022 foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Veja, abaixo, os números de vias sem nº em cada município brasileiro: E no país todo? O Brasil possui 24,3 milhões de endereços sem número, indicam os dados do Censo de 2022. Ao todo, o país tem 107 milhões de endereços oficiais no CNEFE. Brasília é a cidade com a maior quantidade absoluta de endereços sem numeração (1,2 milhão), porque o Distrito Federal possui um padrão de endereçamento específico, que geralmente não utiliza o campo número. Na sequência está Goiânia (526 mil) e Rio de Janeiro (280 mil). Além dos endereços sem número, o Censo 2022 aponta que há 2,7 milhões de endereços em ruas, estradas, travessas e rodovias sem nome. Ouvido pelo g1, Gustavo Cayres, analista do CNEFE, apontou que a pessoa que mora em uma via sem nome enfrenta uma série de dificuldades, como não conseguir apresentar seu endereço para receber encomendas ou em uma entrevista de emprego. “Estamos falando de uma provável informalidade, mas isso se relaciona bastante com o poder público municipal que é quem atribui o nome das ruas, os números dos domicílios. Isso acontece em área urbanas em que há ocupação recente e informal”, afirma. “A pessoa chamar o Samu para o lugar onde mora se torna mais difícil”, exemplifica. Em resumo, o país possui: 72 milhões de ruas10,7 milhões de avenidas7 milhões de estradas3 milhões de travessas1,6 milhões de rodovias De acordo com o IBGE, a função do cadastro é dar suporte às ações do instituto, como pesquisas censitárias e coleta de dados, e padroniza os registros dos endereços. O governo federal repassou informações do CNEFE para estados em que houve tragédias (como em Brumadinho (MG), em 2019, e no Rio Grande do Sul, em 2024) para apoiar a Defesa Civil em situações de emergência. Na pesquisa, o IBGE elencou os complementos que mais aparecem nos endereços, com “casa” liderando (14,7 milhões) e “apartamento” em 2º (com 13,5 milhões). Bloco (5,2 milhões), lote (4 milhões) e quadra (3,9 milhões) completam a lista. Imagem aérea de Limeira — Foto: Wagner Morente/Prefeitura de Limeira

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