Lar Cidades Campinas registra 2ª maior taxa de mortes no trânsito entre maiores cidades de São Paulo, diz Infosiga

Campinas registra 2ª maior taxa de mortes no trânsito entre maiores cidades de São Paulo, diz Infosiga

por admin
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Como efeito de comparação, o índice de Campinas é 68,8% maior que o registrado na cidade de São Paulo (SP), que acumula 979 mortes no período, mas cuja população é de 11,4 milhões de habitantes – veja a tabela completa abaixo. Os dados são do Sistema de Informações de Acidentes de Trânsito em São Paulo (Infosiga-SP), que considera as ocorrências tanto na malha urbana quanto em rodovias que cortam a cidade. Considerando a série histórica, iniciada em 2015, a taxa de mortalidade em ocorrências no trânsito na metrópole apresenta um crescimento desde 2019, após atingir o menor índice. Atualmente, está em 13,95 óbitos por 100 mil habitantes. A Emdec, empresa municipal responsável pela gestão da malha urbana, destacou que o último boletim divulgado pela empresa aponta que, em 2023, o índice de mortes no trânsito a cada 100 mil habitantes ficou em 13,96. “Diferente da metodologia do Infosiga, o índice adotado pelo município tem como referência os óbitos do período anual (159 mortes) e a população estimada pelo IBGE”, destaca, em nota. “Alguns fatores contribuem para o cenário atual da acidentalidade no município. Um deles é o crescimento da frota de veículos, que aumentou cerca de 2,2% quando comparamos os meses de março de 2023 e 2024 – de 951.320 para 972.742. O aumento é de 5,6% quando se considera o mesmo período de 2020 (921 mil veículos)”, enfatiza a Emdec. Mortes em abril O sistema mostra que 11 das mortes em abril ocorreram em acidentes em estradas que cortam Campinas, enquanto oito óbitos foram em ocorrências em vias urbanas e, em um caso, não havia a informação disponível. Em nota, a Emdec informou que seu último balanço aponta um total de 13 óbitos na malha urbana, entre janeiro e março de 2024. “No acumulado, o número é 32% menor que o mesmo período de 2023 (19 óbitos). Os dados de sinistros registrados em abril serão divulgados entre o final de maio e o início de junho, uma vez que a Emdec realiza o cruzamento de dados próprios e do Infosiga”. Um levantamento do g1 apontou que as rodovias são, sim, líderes em casos de mortes em acidentes na metrópole. De acordo com especialistas, o problema envolve, em sua grande maioria, uma mistura entre o tráfego de longo percurso e motoristas urbanos, que acabam utilizando estradas como avenidas, e a diferença de atenção entre um perfil e outro, e a combinação disso com a maior velocidade das rodovias, ajuda a explicar os números da acidentalidade. “Embora a atuação da Emdec esteja focada no eixo urbano, o município mantém ações em parceria com as concessionárias para prevenir óbitos também nas rodovias. Inclusive durante o Movimento Maio Amarelo, lançado no início do mês, diversas atividades integradas estão sendo realizadas, incluindo blitze educativas para pedestres, motociclistas e condutores, peça teatral lúdica voltada ao público infantil e ações com óculos simuladores de embriaguez”, informou, em nota, a Emdec. “Os dados recentes apontam que as mortes registradas em rodovias potencializam a alta dos índices. O aumento dos óbitos em rodovias, entre 2022 e 2023, foi de 7% (de 75 para 80), enquanto o crescimento dos óbitos nas vias urbanas foi de 4% (de 76 para 79). Campinas é cortada por cinco rodovias principais – Dom Pedro I (SP-65), Anhanguera (SP-330), Bandeirantes (SP-348), Santos Dumont (SP-075) e Adhemar Pereira de Barros (SP-340), utilizadas diariamente não só pela população local, mas também por moradores de municípios vizinhos que acessam a cidade”, pontua a Emdec. Campinas tem alta de 150% nas mortes em acidentes de trânsito em abril Ações Segundo a companhia, em junho haverá o lançamento de mais uma edição da campanha de segurança viária “Desacelera”, que “alerta para as consequências do excesso de velocidade”. “Ações em parceria com as concessionárias, dentro da campanha, estão sendo discutidas”, destacou a Emdec. Sobre o plano para redução de mortes no trânsito da metrópole, a empresa destacou que houve a formalização, por decreto publicado nesta segunda (20), do Observatório Municipal de Trânsito de Campinas. “O decreto prevê a indicação de representantes de todas as concessionárias (AB Colinas, CCR AutoBAn, Rodovias do Tietê, Rota das Bandeiras e Renovias). O Observatório tem como objetivo monitorar as políticas públicas de segurança viária para a redução das mortes e lesões no trânsito de Campinas, inclusive as ações do Plano de Segurança Viária de Campinas (PSV)”, explicou. “As ações do município para salvar vidas no trânsito são permanentes. O trabalho de fiscalização, por exemplo, foi intensificado: foram 129 blitze integradas em 2023 e 46 no primeiro quadrimestre deste ano. A sensibilização com ações educativas alcançou mais de 500 ações em 2023, incluindo duas campanhas de segurança viária; e mais de 100 até abril deste ano. A eficiência das campanhas pode ser ilustrada pela redução dos óbitos na avenida mais mortal de Campinas, a John Boyd Dunlop, que recebeu a “JBD: Morte Zerø no Trânsito” em 2022 e registrou queda gradativa de 54% nas mortes registradas: 13 em 2021, oito em 2022 e seis em 2023”, completou a Emdec. Maiores vítimas As maiores vítimas do trânsito na metrópole seguem sendo os motociclistas, com seis mortes registradas, mas em abril outros seis ocupantes de automóveis vieram a óbito após acidentes, enquanto cinco pedestres morreram atropelados. Ainda houve registro de um óbito de um ciclista e de uma passageira de ônibus, enquanto em um dos casos, a informação do veículo da vítima não estava disponível no sistema. Acidente com moto deixa homem morto e mulher ferida em Campinas — Foto: Guarda Municipal/Divulgação Plano para reduzir mortes Campinas apresentou em fevereiro o lançamento de um plano de segurança viária que pretende reduzir o índice de mortes no trânsito na cidade em 10 anos. Segundo a Emdec, na última década foram 1.522 óbitos em ruas, avenidas e estradas que cortam a metrópole. A meta estabelecida pela prefeitura prevê evitar 903 mortes até 2032. Campinas (SP) prevê que plano de segurança viária possa salvar até 903 vidas no trânsito da metrópole entre 2023 e 2032 — Foto: Reprodução/Emdec VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região

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