Cães ‘nadam’ fora da água e chamam atenção após resgates no RS; entenda o comportamento

Cães ‘nadam’ fora da água e chamam atenção após resgates no RS; entenda o comportamento

Imagens de cães “nadando” no ar após serem resgatados das enchentes no Rio Grande do Sul chamaram a atenção nas redes sociais nos últimos dias. Mesmo no colo, os pets foram flagrados fazendo movimentos repetitivos com as patinhas, como se continuassem nadando fora da água. A veterinária Ana Claudia Balda, professora de clínica de pequenos animais e diretora da Escola de Saúde da FMU, afirma que esse é um comportamento instintivo, mas que pode ter sido agravado pelo estresse. “Eles têm um comportamento instintivo. Qualquer cão que você molhar as patinhas, colocar em uma superfície molhada, ele tem esse reflexo de nadar”, afirma a veterinária. “Mas com certeza o fato de [esses animais do RS] terem ficado horas com esse comportamento [devido às enchentes], talvez quando estiverem molhados ou ouvirem ruído de água podem ter o estímulo para ter esse reflexo”, completa. Nas redes também há exemplos desse comportamento instintivo. Publicações feitas antes da tragédia no Sul, e em outros países, mostram cães no colo, perto de água, fazendo o movimento de nadar com as patinhas. No caso do Sul, o movimento das patas, embora esperado, pode ter como agravantes o fato de o animal ter ficado sozinho em meio à inundação e, ao ser resgatado, continuar afastado da família. A veterinária afirma que o possível trauma poderá ser atestado mais para frente, quando se espera que os pets retomem a rotina. Enquanto isso, voluntários tentam localizar tutores de animais resgatados e levados a abrigos lotados. “Vale a pena essa reflexão do que vai acontecer depois, quando estiverem na vida normal deles, com chuva, com trovão, como vai ser essa resposta”, diz Ana Claudia. Para acalmar o pet assustado com a tragédia climática, a veterinária afirma que, além de muito carinho, é importante chegar devagar e com calma até ele, oferecer alimentação e conforto térmico. O uso de feromônios também pode ajudar. “Nessas situações, a gente consegue usar difusores sintéticos, como feromônios, e até deixar alguma coisinha com cheiro do tutor por perto. O cuidado vai ter que ser redobrado porque a gente não sabe qual foi o tamanho do trauma”, diz. Como já mostrou o Bom Pra Cachorro, embora seja natural os bichinhos baterem as patinhas na água e algumas raças terem mais habilidade para a natação, há animais que precisam de ajuda e outros que correm riscos se não estiverem sob supervisão. O instinto de sobrevivência deve fazer com que todas as raças consigam se manter na superfície. O tempo, no entanto, pode depender do porte ou idade do cachorro. Filhotes e idosos merecem atenção especial. Os mais novinhos porque, curiosos, podem cair na água a qualquer momento. Já idosos têm menor resistência, se cansam com mais facilidade e correm risco de afundar rapidamente. Siga o Bom Pra Cachorro no Instagram, Facebook, X e Threads LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

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