A engenheira Saluza Almeida de Oliveira é de Curitiba e vive no país europeu há alguns meses. Ela relata que empresas francesas estão incentivando o home office, por exemplo. “Na empresa em que eu trabalho falaram para a gente priorizar o teletrabalho e também para priorizar tirar as férias. Eles não obrigam nada, recomendaram. Então, por exemplo, têm alguns estrangeiros que trabalham comigo que vão para o Brasil agora no dia 26 e só voltam no final de agosto. Eles vão ficar 40 dias trabalhando do Brasil”, relata. Bruno Jorge Silva Ribeiro, marido de Saluza, explica que um dos motivos para incentivar o home office são os bloqueios que as cidades enfrentam. Por conta do evento, há barreiras físicas que limitam os acessos, como ruas exclusivas, por exemplo. Saluza conta também que viaja bastante a outros países para visitar obras nas quais está envolvida. Prevendo a alta movimentação nos aeroportos por conta dos turistas e espectadores dos jogos, a empresa orientou evitar essas viagens ou fazer apenas as que são prioritárias. O clima está diferente também nas escolas: algumas estão passando atividades relacionadas aos esportes olímpicos para as crianças. Escolas francesas estão propondo para crianças atividades temáticas das Olimpíadas — Foto: Arquivo Pessoal Inclusive, a brasileira lamentou que não estará em Paris nesta sexta-feira (26), dia da abertura oficial dos Jogos Olímpicos, porque está no Gabão, na África Central, a trabalho. O marido dela está aproveitando os jogos e assistiu a partida de futebol masculino entre Mali e Israel na quarta-feira (24). “Pude perceber que já chegaram turistas de todos os continentes e ainda irão chegar mais”, diz Bruno. Bruno está animado com os eventos das Olimpíadas e assistiu a uma partida do futebol masculino — Foto: Arquivo Pessoal Clima na cidade A brasileira conta que os franceses estão divididos em relação ao evento. De acordo com ela, alguns estão super animados e envolvidos, enquanto outros estão tentando evitar coisas relacionadas às Olimpíadas. “Tem de tudo. Tem gente que está tranquila, satisfeita. Por exemplo, tem gente que gosta muito de esporte. Na cidade onde eu moro vai ter o ciclismo e galera está super animada, a galera ali da região gosta muito de bicicleta, de esportes. Mas ao mesmo tempo, têm aquelas pessoas que não veem a hora disso acabar, que acham que é uma perda de dinheiro”, relata. Casal de brasileiros que mora na França comenta clima no país para as Olimpíadas — Foto: Arquivo Pessoal Segundo ela, para evitar a movimentação causada pelos Jogos Olímpicos, algumas pessoas chegaram a planejar viagens para longe de onde os eventos vão acontecer. No entanto, os comerciantes estão aproveitando a oportunidade para aumentar as vendas. Conforme Saluza, os souvenirs tomaram conta de Paris: são camisetas, ursinhos, garrafa de água, caneca, chaveiros, e mais uma infinidade de itens personalizados do evento. VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná
Brasileira que mora na França diz que empresas estão incentivando home office durante Olimpíadas
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