O caso aconteceu na Apalachee High School, na cidade de Winder, que fica próxima a Atlanta. O adolescente matou quatro pessoas e deixou outras nove feridas. Ele e seu pai foram presos. Veja mais abaixo o que se sabe sobre o ataque. Segundo o departamento de investigação estadual da Geórgia, o botão de alerta de pânico foi instalado nos crachás dos professores cerca de uma semana antes do ataque. Vários professores pressionaram os botões de pânico durante os disparos do adolescente. Logo após o início dos disparos, por volta das 10h23 pelo horário local (11h23, em Brasília), o campus da escola entrou em lockdown. A polícia informou que enviou equipes para o colégio assim que foi notificada do ataque. Minutos depois, os agentes entraram na instituição. Às 10h26 no horário local, o atirador foi rendido pelos policiais e se entregou, segundo o departamento de investigação da Geórgia. O Diretor do Departamento de Investigação da Geórgia, Chris Hosey, disse que os professores e funcionários da escola agiram de forma heroica durante o ataque. “Eles agiram admiravelmente. Eles foram heróis nas ações que tomaram. Os protocolos nesta escola e este sistema ativado hoje impediram que isso fosse uma tragédia muito maior do que a que tivemos aqui hoje”, afirmou Hosey. Pessoas fazem homenagens às vítimas de ataque a tiros em escola dos Estados Unidos, em 4 de setembro de 2024 — Foto: REUTERS/Elijah Nouvelage O que se sabe sobre o ataque Como foi o ataque? Imagens aéreas mostram lockdown em escola da Geórgia após relatos de tiroteio Segundo a polícia, o rapaz levou para escola um rifle AR-15 e abriu fogo contra colegas e professores. O caso aconteceu na Apalachee High School, colégio de ensino médio do condado de Barrow, na cidade de Winder, na quarta-feira (4). O município fica nos arredores da capital da Geórgia, Atlanta. Veja o que se sabe sobre o ataque: Em entrevista à ABC News, o estudante Sergio Caldera, de 17 anos, contou que estava na aula de química quando os tiros começaram a ser ouvidos. “Minha professora abriu a porta para ver o que estava acontecendo. Outra professora veio correndo e falou para ela fechar a porta porque tinha um atirador”, relembrou Caldera. Outros alunos relataram que, ao ouvir os tiros, viraram as mesas para montar uma barricada e evitar que o atirador pudesse abrir a porta de outras salas de aula. Em um comunicado oficial, a polícia local disse ter sido avisada sobre tiros na escola por volta das 10h23 pelo horário local (11h23, em Brasília). A polícia entrou no prédio principal da escola e conseguiu retirar centenas de alunos. Eles foram levados ao campo de futebol americano do colégio. Além disso, os agentes encontraram o atirador rapidamente e o renderam. Qual foi o motivo do ataque? A polícia informou que ainda está investigando as causas do ataque. As autoridades afirmaram que o atirador tinha 14 anos e era estudante do colégio. Camille Nelms, uma das alunas da instituição, afirmou que o menino se sentava no fundo da sala e era quieto. “Ninguém sabia realmente quem ele era”, afirmou a aluna. Quem são as vítimas? Ambulância é vista próxima da escola Apalachee High School, alvo de ataque em 4 de setembro de 2024 — Foto: REUTERS/Elijah Nouvelage Mason Schermerhorn, 14 anos;Christian Angulo, 14 anos;Richard Aspinwall, 39 anos;Christina Irimie, 53 anos. Além disso, outras nove pessoas ficaram feridas com os disparos –oito estudantes e um professor. Elas foram encaminhadas para hospitais da região. A polícia disse que eles estão fora de perigo. O Diretor do Departamento de Investigação da Geórgia, Chris Hosey, disse que os professores e funcionários da escola agiram de forma heroica durante o ataque. “Eles agiram admiravelmente. Eles foram heróis nas ações que tomaram. Os protocolos nesta escola e este sistema ativado hoje impediram que isso fosse uma tragédia muito maior do que a que tivemos aqui hoje”, afirmou. O que aconteceu com o atirador? O atirador foi rendido pelos policiais ainda na escola. Ele foi preso e deve responder por assassinato como se fosse um adulto, mesmo tendo 14 anos. Após ser detido, o adolescente prestou depoimento. Entretanto, a polícia não deu detalhes sobre o teor da conversa. Segundo o FBI, o jovem já havia sido investigado em 2023 por fazer ameaças na internet envolvendo um tiroteio em uma escola, no condado de Jackson. A região é vizinha da cidade onde o ataque desta quarta-feira aconteceu. À época, o adolescente negou o caso. Ainda assim, as autoridades enviaram alertas para monitoramento contínuo do garoto. O pai dele também foi ouvido. “O pai declarou que tinha armas de caça em casa, mas afirmou que o suspeito não tinha acesso não supervisionado”, disse o FBI. Como estão as investigações? Policiais seguram fita de isolamento perto da cena de um tiroteio na Apalachee High School, nos EUA, em 4 de setembro de 2024. — Foto: REUTERS/Elijah Nouvelage Os policiais já descartaram que exista um segundo atirador que pudesse estar envolvido no ataque. Além disso, não há evidências de que outras escolas da região estejam sob ameaça. Segundo a polícia, a investigação continua ativa. Entre os pontos que a polícia quer esclarecer estão: Como o atirador teve acesso à arma usada no crime;Qual foi a motivação do ataque;Qual a relação do atirador com as vítimas. Agentes do FBI também estão participando das investigações. De acordo com a polícia, outros detalhes sobre o crime só poderão ser fornecidos nos próximos dias. O atirador e seu pai, ambos presos, respondem por quais crimes? Pai de adolescente com a cabeça baixa durante audiência — Foto: Brynn Anderson/Pool via REUTERS O adolescente de 14 anos responderá a quatro acusações de homicídio. O pai do adolescente, que tem 54 anos, foi preso nesta quinta (5), um dia após o ataque realizado pelo jovem. Segundo o departamento de investigação da Geórgia, sua prisão e as acusações pelas quais ele vai responder decorrem do pai permitir que o filho possuísse uma arma. Veja as acusações que o pai enfrenta. 4 acusações de homicídio culposo;2 acusações de homicídio em segundo grau;8 acusações de crueldade contra crianças. A pena máxima que o atirador pode pegar caso seja condenado pelos crimes é de prisão perpétua sem liberdade condicional. Já o pai enfrentaria uma pena máxima de 180 anos de prisão em caso de condenação. O atirador e seu pai continuam presos após terem comparecido à primeira audiência na Justiça, nesta sexta-feira (6). Uma nova audiência para os dois foi marcada para 4 de dezembro. VÍDEOS: mais assistidos do g1