Uma expedição se prepara para percorrer os 125 quilômetros do Rio Piracicaba. Mas, desta vez, não é turismo. Ministério Público, um laboratório de análises de referência internacional e empresas privadas, com a BluestOne, especializada em gerenciamento de resíduos e com sede em Saltinho-SP, estão envolvidos em um projeto de avaliação da qualidade da água do rio. A expedição é organizada pela Associação Remo Piracicaba – grupo que alia ações esportivas com preservação ambiental. A mobilização veio após uma mortandade recorde, de mais de 250 mil peixes, registrada no início de julho de 2024, após um descarte irregular feito por uma usina da região e que atingiu 70 quilômetros do curso d’água. A poluição chegou ao bairro Tanquã, em Piracicaba, uma área alagada do tamanho de 14 mil campos de futebol que surgiu na década de 1960, com a construção da hidrelétrica de Barra Bonita (SP), e que é considerada um paraíso ambiental, um minipantanal, por abrigar milhares de espécies, entre elas 170 de aves. A primeira descida do rio foi realizada agora em dezembro. O trajeto será repetido a cada três meses. Segundo o diretor de Sustentabilidade e ESG da BluestOne, Alexandre Resende, essa frequência é necessária porque o rio só pode ser conhecido a fundo se as análises forem feitas pelo uma vez a cada estação do ano, sempre com amostras coletadas nos mesmos pontos. Ele explica, ainda, que amostras da água e de DNA ambiental, para constatação da presença ou não de determinadas espécies, serão recolhidas em 25 pontos do rio e que a expedição vai avaliar, também, todos os afluentes do Piracicaba, para determinar o impacto de cada um em toda a extensão do rio, que nasce em Americana (SP) – a partir do encontro entre os Rios Jaguari e Atibaia – e deságua em Barra Bonita, no Rio Tietê. Com os dados em mãos, será produzido um relatório, a ser entregue ao Ministério Público e órgãos fiscalizadores, para que possam ser tomadas providências de melhorias nos pontos que tiverem resultados considerados ruins, o que será fundamental para a recuperação da biodiversidade que existia antes do desastre ambiental. Se forem tomadas todas as medidas necessárias, a previsão é que isso aconteça num prazo aproximado de dez anos. Organizada pelo Remo Piracicaba, expedição coleta amostras em 25 pontos diferentes do rio, que passam por análise de mais de 100 parâmetros de qualidade — Foto: REPRODUÇÃO EPTV “A BluestOne é uma das executoras da expedição, bem como os outros participantes do grupo, mas a proposta é que a gente tenha uma ação coletiva com as comunidades. Criar uma conscientização de que cada pessoa é responsável pela qualidade da água do Rio Piracicaba”, afirma Alexandre Resende. A visão é compartilhada por Alexandra Faccioli Martins, promotora do Meio Ambiente. Ela acrescenta que as belezas cênicas e a biodiversidade encontradas ao longo do rio devem ser mantidas por meio de uma gestão de toda a bacia hidrográfica. “Não é só um trecho, não é só um município, mas todo um programa de melhorias, para que tenhamos o retorno das condições de um rio que vem sendo muito impactado”. As amostras recolhidas estão sendo levadas para um laboratório de origem francesa e que tem representação em Piracicaba. Para cada um dos pontos coletados, serão analisados mais de 100 parâmetros, o que vai resultar em um diagnóstico bastante preciso sobre a saúde do rio. “A BluestOne é uma empresa que já vem investindo em conservação da biodiversidade, no Brasil todo, com várias espécies ameaçadas de extinção, e a participação neste projeto é porque água é vida. Diante do que aconteceu com o Rio Piracicaba, da necessidade de fazer uma leitura da qualidade da água, são necessários esforços conjuntos. E a BluestOne acreditou nesse projeto”, explica Alexandre Resende. Tragédia ambiental de 2024 atingiu 70 quilômetros do rio e provocou a morte de 250 mil peixes — Foto: REPRODUÇÃO EPTV Endereço: Rodovia Cornélio Pires (SP-127), km 51 – CEP: 13440-970 – Saltinho-SP E-mail: contato@bluest.one
BluestOne participa de expedição que avalia qualidade da água do Rio Piracicaba
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