Para fortalecer a fiscalização de casos de manipulação de jogos para apostas esportivas no país, o Ministério da Fazenda assinou, nesta terça-feira (29), um termo de cooperação técnica com quatro organismos de monitoramento e integridade no esporte. Para o secretário de Prêmios e Apostas do Ministério, Regis Dudena, a parceria possibilita uma ação do Estado para enfrentar os problemas em torno das apostas esportivas, como a lavagem de dinheiro. “A nossa experiência de regular é uma experiência muito nova. Já que o mundo já tem feito isso há bastante tempo, vamos aprender com o mundo. E é por isso que eu saúdo novamente essas quatro organizações que, muito gentilmente, vieram ao ministério e se dispuseram a fazer esses acordos de cooperação técnica, para que possamos compartilhar dados, conhecimentos, formação das nossas equipes de servidores que estão aprendendo a fazer isso, mas já estão fazendo muito bem”. Para Giovanni Rocco Neto, Secretário de Apostas Esportivas e de Desenvolvimento Econômico do Esporte, do Ministério dos Esportes, é fundamental preservar a integridade do esporte brasileiro. “Quando você fala de bet, você não lembra do Ministério da Fazenda, você lembra de esporte. Porque teve uma carga gigantesca de publicidade, sem critério, no esporte brasileiro, olhando para os consumidores alvo. Então, a gente tem uma grande preocupação em preservar a imagem do esporte brasileiro. Com relação, especificamente, ao tema de manipulação de resultados, é a gente ser rápido e eficiente na punição e na apuração de eventuais eventos de manipulação de resultados”. A cooperação será com a Genius Sports, International Betting Integrity Association, Sport Integrity Global Alliance e Sport Radar. Sérgio Floris, CEO da Sport Radar Brasil, ressalta a importância da cooperação de ações para combater a manipulação. “Não há forma mais fácil de você destruir valor na cadeia de esporte do que com manipulação. Então, a gente divulgou, na Sport Radar, já há algumas semanas, mas a gente acredita que neste ano o Brasil vai, finalmente, perder a liderança de um país com mais suspeita de manipulação no mundo. Isso não quer dizer que a luta acaba. Pelo contrário, está só começando, mas é uma forma também da gente tangibilizar o trabalho sério que o governo vem fazendo, que os entes vêm fazendo, que as federações e associações vêm fazendo”. Pelo termo de cooperação, esses organismos privados vão repassar informações sobre o mercado de apostas, além de possibilitar a qualificação de servidores para monitoramento do setor. O acordo de cooperação tem duração de cinco anos e não prevê transferência de recursos entre as partes. Segundo o Ministério da Fazenda, a ideia é fortalecer a segurança e a proteção do mercado de apostas, do esporte e da sociedade como um todo.