O caso aconteceu em uma pequena mina particular na província de Baluchistão, que fica no sudoeste do país. A polícia local não havia informado a motivação do crime até a última atualização desta reportagem. “Um grupo de homens armados atacou as minas da Junaid Coal Company na área de Duki nas primeiras horas da manhã, usando armas pesadas”, disse Humayun Khan, responsável pela delegacia de polícia da cidade. Eles também dispararam foguetes e granadas contra as minas, conforme o policial. “Recebemos 20 corpos e seis feridos até agora no hospital distrital”, disse Johar Khan Shadizai, um médico em Duki. De acordo com a agência Associated Press (AP), o oficial da polícia Hamayun Khan Nasir disse que os homens armados invadiram as acomodações na mina de carvão reuniram os homens e abriram fogo. A maioria dos homens era da região. Três dos mortos e quatro dos feridos eram afegãos, informou a agência. Nenhum grupo reivindicou imediatamente a responsabilidade pelo ataque. Conforme a AP, a suspeita provavelmente recairá sobre o Exército de Libertação do Baluchistão, que frequentemente mira civis e forças de segurança. Os assassinatos dos mineiros ocorreram horas depois que empresários sauditas e paquistaneses assinaram 27 memorandos de entendimento no valor de 2 bilhões de dólares para investimentos em vários setores, incluindo mineração na região, rica em petróleo e gás. O primeiro-ministro do Paquistão, Shehbaz Sharif, participou da assinatura dos memorandos na capital, Islamabad. Outros ataques O grupo cometeu múltiplos ataques em agosto que mataram mais de 50 pessoas, enquanto as autoridades responderam matando 21 insurgentes na província. O último ataque gerou uma forte condenação do ministro do Interior do país, Mohsin Naqvi, e de Sarfraz Bugti, o chefe do governo do Baluchistão, que disseram que os “terroristas mais uma vez miraram trabalhadores pobres.” Ele disse que os assassinos eram cruéis e tinham uma agenda para desestabilizar o Paquistão. “O assassinato desses trabalhadores inocentes será vingado,” disse ele em um comunicado. A província abriga vários grupos separatistas que buscam independência. Eles acusam o governo federal em Islamabad de explorar injustamente o Baluchistão, rico em petróleo e minerais, em detrimento dos locais.