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Apreensão para eleição ao cargo de presidente da Venezuela

por pedro.lacerda
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A apreensão para a eleição ao cargo de presidente da República Bolivariana da Venezuela, que será realizada neste domingo, é grande. O acirramento entre o governo e a oposição pode desestabilizar o país que tem uma das maiores reservas de petróleo do mundo. As preocupações com o processo eleitoral, manifestadas pelo presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, levaram a uma resposta dura do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que colocou em dúvida a confiabiliade das urnas eletrônicas do nosso país. Em resposta, o Tribunal Superior Eleitoral brasileiro desistiu de enviar dois representantes para acompanhar o pleito venezuelano. O professor de relações internacionais do Ibmec, Alexandre Pires, destaca que a eleição vai colocar à prova a democracia venezuelana. Mesmo com 10 candidatos ao pleito, a disputa deve ficar entre o presidente Maduro, líder do Partido Socialista Unificado da Venezuela, e o principal opositor, Edmundo Gonzales Urrutia, representante da Mesa da Unidade Democrática. Mais de 21 milhões de eleitores vão eleger o próximo presidente para um mandato de seis anos. Na Venezuela, não há limite para a reeleição. No último pleito, em 2018, Nicolás Maduro conseguiu mais de 67% dos votos, em uma eleição marcada pelo boicote da oposição e críticas internacionais ao processo eleitoral. Diversos países buscaram intermediar uma negociação entre o governo e a oposição para que haja uma disputa à presidência justa neste ano. O professor de relações internacionais da Universidade Federal de Santa Catarina, Nildo Ouriques, avalia que independente de quem vencer, a Venezuela continuará a sofrer pressões externas. Os venezuelanos vão às urnas em um momento de estabilização da crise econômica, com controle inflacionário e crescimento do PIB. Nos últimos anos, os Estados Unidos e diversos países europeus aplicaram várias sanções à Venezuela, agravando a situação econômica do país. Esse cenário situação fez com que mais de 7 milhões de venezuelanos deixassem o país, sendo o Brasil um dos principais destinos. Nos últimos anos, o nosso país recebeu mais de 1 milhão de imigrantes vindos da Venezuela. * Com colaboração de Lucas Pordeus Leon.

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