Depois que a Rússia anunciou a renúncia de Bashar al-Assad como presidente da Síria, as Nações Unidas pedem uma transição pacífica de poder, de forma que o país fique unido e pacificado. O enviado especial da ONU para a Síria, Geir Pedersen, afirmou, neste domingo (8), que o momento é decisivo para os sírios. Segundo ele, a população suportou quase 14 anos de “sofrimento e perdas”. O diplomata da ONU disse acreditar que o novo momento seja de “paz, reconciliação, dignidade e inclusão para todos os sírios”. Inclusive, destacou que a mudança de governo “renova o sonho” de muitos sírios voltarem para casa, se reencontrarem e buscarem justiça. No entanto, o enviado da ONU pontua que ainda há desafios, já que o principal grupo de oposição que depôs Bashar al-Assad é o HTS, Hay’at Tahrir Al-Sham, listado como “terrorista”. Na última sexta-feira (6), rebeldes sírios comandados pelo HTS anunciaram na televisão pública do país a queda do presidente Bashar al-Assad, que governou a Síria por 24 anos. Em comunicado oficial, o governo da Rússia informou que Assad decidiu pela renúncia do cargo, depois que deixou o país. Além disso, que ele instruiu o governo a “transferir o poder pacificamente”. Após os episódios, o governo do Brasil emitiu uma nota manifestando preocupação com a “escalada de hostilidades” e, por meio do Ministério de Relações Exteriores, o Itamaraty, pediu aos cidadãos brasileiros em solo sírio que procurem a embaixada, na capital Damasco, e deixem o país.