O caso aconteceu em um evento no Parque Unileste e os tiros disparados mataram Leonardo Victor Cardoso, de 25 anos, e Heloíse Magalhães Capatto, de 23 anos. Além disso, ficaram feridas pelos tiros outras três pessoas de 20, 21 e 27 anos. A Justiça determinou que o PM deve ser julgado por dois homicídios com quatro qualificadoras e por três tentativas de homicídio. Julgamento de PM acusado de matar 2 pessoas em show em Piracicaba é adiado Tese da defesa Advogado do réu, Mauro da Costa Ribas Junior afirmou ao g1 que um parecer feito por peritos particulares que a defesa anexou ao processo aponta que Pereira não foi autor de todos os disparos. “A defesa vai comprovar em plenário, mediante prova pericial e testemunhas, que o Leandro disparou apenas contra a vítima Leonardo, que estava tentando tomar a arma dele, que estava agredindo no momento que foram efetuados os disparos”, argumentou. Ele também afirma que havia outro atirador no local, que foi “acobertado” pela Polícia Civil. “E a gente vai provar isso em plenário”, completou. Jovem atingido de raspão por tiro em festa de Piracicaba — Foto: Reprodução/EPTV Outros policiais Além do policial acusado de fazer os disparos, o MP-SP também denunciou por prevaricação um amigo dele e sua esposa, que também são policiais e estavam no local, por não realizarem suas funções e o prenderem. O amigo ainda foi denunciado por auxiliá-lo na fuga do evento, mas fez um acordo judicial e teve seu caso arquivado. Já a esposa de Pereira foi absolvida em agosto, mas o Ministério Público entrou com recurso da decisão e o caso tramita na Justiça. Anteriormente na ação, o crime pelo qual ela era acusada já tinha sido considerado de menor potencial ofensivo pelo magistrado. Intervenção em briga e ’empurra-empurra’ De acordo com a denúncia do MP, os disparos foram realizados após Leonardo, uma das vítimas, intervir em uma briga entre o PM de 25 anos, um amigo seu e uma terceira pessoa. Vídeo mostra momento de disparos que mataram dois durante show em Piracicaba Já a Divisão Especializada em Investigações Criminais (Deic) concluiu que o motivo dos disparos foi um desentendimento após um empurra-empurra no show. Ao finalizar a investigação, a corporação pediu a prisão preventiva do policial militar que efetuou os tiros. Por ser integrante de uma força de segurança pública, a Polícia Militar, o acusado tinha porte de arma em qualquer lugar de todo território nacional. Correria e desespero Nas imagens é possível ver os dois artistas no palco, cantando o refrão de uma música. Em seguida ouvem-se os barulhos dos tiros. Em um dos vídeos, uma pessoa que estava no local identifica o som “É tiro, é tiro”. Em seguida começa uma confusão e a imagem é encerrada. VÍDEOS: Tudo sobre Piracicaba e região