Lar Mundo Após 2,4 mil prisões, Venezuela solta 956 detidos por protestos contra eleição de Maduro

Após 2,4 mil prisões, Venezuela solta 956 detidos por protestos contra eleição de Maduro

por admin
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“Ao longo do dia de hoje, em coordenação com os tribunais penais, foi revisto um novo grupo de casos”, informou, em um comunicado, o MP, que inciou a revisão das prisões no mês passado. Durante a manhã de segunda, foram emitidas 177 libertações e ao longo da tarde, 46, elevando o número a “956 solturas realizadas no marco do devido processo, garantido pela Constituição da República”, acrescentou o MP. Familiares e amigos dos detidos protestam e fazem vigílias há semanas pedindo as libertações antes do Natal. Na sexta-feira (20), foram anunciadas 200 libertações, que se somaram às 179 realizadas durante a semana, e mais de 300 desde novembro. Entre os quase mil libertos, há adolescentes, embora as autoridades não tenham detalhado quantos. A ONG Foro Penal, que defende “presos políticos”, contava antes de sexta-feira cerca de 330 e continuava contabilizando. A organização registrou 164 detenções de adolescentes no âmbito dos protestos e, segundo seus registros, a maioria dos libertos tinham medidas cautelares. As mais de 2,4 mil pessoas presas nas horas seguintes à proclamação da vitória de Maduro para um terceiro mandato de seis anos foram acusadas de terrorismo, incitação ao ódio e foram levadas a prisões de segurança máxima. Os protestos foram realizadas depois que a oposição liderada por María Corina Machado assegurou que seu candidato, Edmundo González, venceu as eleições e não Maduro, cuja vitória não foi reconhecida por Estados Unidos, União Europeia e vários países da América Latina. Muitos foram presos sem ordem de captura, segundo familiares e ONGs, que também denunciam maus-tratos e torturas. Três dos detidos – com 36, 43 e 44 anos – morreram sob custódia das autoridades. Familiares também reportaram tentativas de suicídio. Os protestos também deixaram 28 mortos e quase 200 feridos.

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