Somente 7% dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) tiveram progresso satisfatório no Brasil, de acordo com relatório divulgado nesta segunda-feira durante o Fórum Político de Alto Nível, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, Estados Unidos. Segundo Alessandra Nilo, facilitadora do Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para a Agenda 2030, o ritmo brasileiro é resultado da gestão durante a pandemia de covid-19 e da falta de prioridades para políticas sociais e climáticas nos últimos anos. Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável foram adotados pelos países da ONU em 2015. Fazem parte desses objetivos: o combate à pobreza, à fome, à desigualdade de gênero, além da promoção de água potável e saneamento, energia limpa, cidades sustentáveis e consumo responsável, até 2030. Ao todo, 58 metas do Brasil tiveram avaliação positiva por saírem de uma situação de “estagnação ou retrocesso”. De acordo com Alessandra Nilo, a questão fiscal tem sido um obstáculo, e também é necessário considerar a posição do país no continente sul-americano. Os dados do relatório foram usados pelo governo brasileiro para uma revisão voluntária dos progressos nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, está em reunião na sede da ONU, em Nova Iorque. Até quarta-feira (17), ele apresenta os resultados do país e discute uma Aliança Global Contra a Pobreza.