O acidente aconteceu por volta da 1h, na esquina da Rua Professor Corte Brilho com a Rua Suzano, no bairro Itapuã. Segundo a denúncia do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), Rosivaldo dirigia um carro e bateu na traseira da moto ocupada por Marcelo Alves Machado Júnior, então com 17 anos, e Gabriel Alves Paixão, que tinha 19, prensando os dois no muro de uma casa. ARQUIVO: Reportagem sobre o caso, em dezembro de 2022 O motorista do carro chegou a ser agredido por testemunhas após atingir as vítimas e fugiu do local, mas foi preso posteriormente. Uma mulher que também estaria no carro fugiu. A moto onde estavam as vítimas era do pai de um deles, que informou à polícia que eles estavam em uma confraternização antes do acidente. Ele disse que os dois decidiram dar uma volta de carro e cerca de 20 minutos depois ficou sabendo que eles tinham se envolvido em um acidente. Quando chegou na Unidade de Pronto Atendimento, ele ficou sabendo da morte do filho e do sobrinho. Muro onde primos foram prensados foi arrumado na tarde deste domingo (25), em Piracicaba (SP) — Foto: Jonatan Morel/EPTV Rosivaldo foi denunciado por homicídio doloso – quanto há intenção de matar – contra as vítimas. O MP-SP elenca a existência de três qualificadoras, que são circunstâncias que podem elevar a pena imposta pela Justiça: Motivo fútil, devido a um pequeno acidente de trânsito;Crime cometido por meio cruel, pela forma como o réu prensou as vítimas contra o muro, revelando “brutalidade incomum e em contraste ao mais elementar sentimento de piedade”, conforme o MP;Uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas, pois o acusado passou a persegui-las em alta velocidade, atingindo-as por trás e as arrastando até o muro da residência, onde foram “prensadas” e mortas, impedindo que elas reagissem. Segundo o promotor Aluísio Antonio Maciel Neto, autor da denúncia, o réu foi condenado conforme o pedido do Ministério Público. Ele também informou que vai recorrer para pedir aumento da pena. Magali Alves Machado Paixão, mãe e tia de jovens mortos atropelados em Piracicaba — Foto: Edijan Del Santo/EPTV ‘Estava irreconhecível o corpo do meu filho’ “Eu tive que reconhecer o corpo do meu filho, estava irreconhecível o corpo do Gabriel.” Magali Alves Machado Paixão contou que foi avisada pelo irmão dela do acidente, quando estava em uma confraternização com a família em uma chácara. Ela contou que o filho tinha saído momentos antes com o primo Marcelo para dar uma volta na cidade. “Eu quero justiça, eu quero esse homem na cadeia e essa mulher também, porque ela estava junto [no carro], então ela assumiu o risco de matar os dois”, finalizou a mãe. O que diz a defesa Advogado nomeado para representar Rosivaldo, Roberto Simões Prestes afirmou ao g1 que vai recorrer e apresentar uma nova tese. “Ainda pode ser feito um recurso ao Tribunal de Justiça, até mesmo pela quantidade da pena. Estou aguardando o prazo legal para recorrer da sentença. Vou recorrer e vou recorrer para um novo julgamento. A tese da defesa antes do júri, por outros profissionais, foi a mesma tese que eu apresentei no júri. Agora, no recurso, que vou apresentar ao Tribunal de Júri uma nova tese. Espero que diminua, porque foi uma pena muito pesada [a pena] pelo fato em si”. VÍDEOS: Veja outros destaques da região