Lar Comunidade ‘Achei que era a hora certa’, diz protagonista sobre volta de ‘Betty, A Feia’ após mais de 20 anos

‘Achei que era a hora certa’, diz protagonista sobre volta de ‘Betty, A Feia’ após mais de 20 anos

por admin
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Bogotá Está no Guinness, aquele livro que registra diversos recordes ao longo do tempo: “Betty, A Feia” é a novela de maior sucesso do mundo. Em 2010, a publicação dizia que se tratava do primeiro folhetim “verdadeiramente global”, após a trama ser exibida em formato original em toda a América Latina e na Espanha, além de ter sido dublada em 15 outros idiomas e haver ganhado 19 adaptações —hoje passam de 25— ao redor do mundo. Para quem não viveu aquele começo dos anos 2000 (a transmissão original foi de 1999 a 2001) pode ser difícil de imaginar, mas só no Brasil foram ao ar 4 versões diferentes: a original, colombiana, na RedeTV!, a mexicana pelo SBT e a americana na TV paga (e depois também pelo canal de Silvio Santos), além de uma versão brasileira produzida e exibida pela Record. Passadas mais de duas décadas, chegou a hora de a personagem ganhar uma nova roupagem, desta vez no streaming, pelas mãos do Prime Video. “Betty, A Feia – A História Continua”, que estreia nesta sexta-feira (19), imagina a vida dos personagens nos dias de hoje e traz de volta o elenco original aos estúdios da colombiana RCN, a mesma emissora que produziu o sucesso inicial. Ana María Orozco, 51, a primeira Betty do “Bettyverso”, como a equipe gosta de chamar, diz que não teve dúvidas na hora de retomar o papel que levou seu rosto (mesmo escondido sob uma franja desajeitada e a grossa armação vermelha dos óculos da personagem) a ser conhecido em diversos países. “Achei que era a hora certa”, comenta em entrevista ao F5. “Se tivesse sido há alguns anos, acho que não era o momento”, afirma. “É muito mais interessante que, tendo passado tanto tempo, tenhamos novas coisas que contar. O público se renovou. Temos nossos fiéis seguidores, mas também nos surpreendemos com novas gerações que se encantaram com essa história e todo o universo dos personagens.” Mesmo sendo uma história amada por muitos e que replicar um sucesso tão grande não seja tarefa fácil, ela diz que não está sentindo uma pressão maior que a de qualquer trabalho. “Neste momento, não estou levando isso como um peso ou uma carga, se não talvez nem tivesse conseguido voltar à personagem agora”, avalia. “Mas, pelo contrário, estou inclusive me divertindo muito mais.” Este não é o primeiro reencontro da atriz com a personagem —há cinco anos, ela a reviveu no teatro. Orozco diz que, nesta altura da vida, entrar na pele de Beatriz Pinzón Solano (nome completo de Betty) é “como se o tempo não tivesse passado”. “De alguma forma, está na memória do meu corpo”, diz. “Claro que tive que trabalhar e pensar em como incorporá-la agora, mas digamos que foi muito confortável.” Na nova série, Betty estará em crise conjugal com Armando, com quem terminou casada na novela. Jorge Enrique Abello, 56, que também retoma seu personagem ainda enquanto os episódios eram escritos, gerou diversas reflexões a respeito dos rumos da masculinidade nos últimos anos. “Armando é tudo o que não deveria ser e hoje temos um discurso politicamente correto que penaliza muito esse tipo de perfil”, afirma. “Era um conflito interessante”, comenta. “Vamos transformá-lo? Ele amadureceu? Não amadureceu? Que aspectos da vida dele mudaram? Essas foram discussões bem grandes que tivemos na sala de roteiros e que nos deu uma luz sobre como enfrentar esse personagem, que não é fácil.” Para ele, as discussões que há na internet a respeito de Armando ser o verdadeiro vilão de “Betty, A Feia” fazem sentido. “Fernando Gaitán [autor da trama, morto em 2019] aproveitou o gênero da novela para fazer algo diferente, então colocou uma protagonista feia e um protagonista vilão, antagônico, um anti-herói”, analisa. Na trama, Betty e Armando tiveram uma filha, Mila, que só havia aparecido como um bebê e agora ganha os traços da atriz Juanita Molina, 27. A jovem diz que teve o primeiro contato com a trama em uma das inúmeras reprises foram exibidas na TV colombiana e que ainda está se acostumando com a ideia de fazer parte desse universo. “Nem nos meus maiores sonhos eu poderia imaginar que iria interpretar a filha de Betty e Armando”, conta. “Quando penso, ainda me dá uma tremedeira porque são dois dos personagens mais icônicos da televisão e foi uma responsabilidade gigante calçar os sapatos da Mila.” Além dela, as novidades no elenco ficam por conta dos novos interesses amorosos de Betty e Armando, que atendem pelos nomes de Majo e Esteban, respectivamente. Ambos se dizem preparados para lidar com os fãs mais afoitos, que podem rejeitá-los de cara por atrapalharem um casal que era querido pelo público. “Acho que nós, atores, estamos preparados para isso. Acredito que as pessoas entendam o que fazemos, que se trata de uma personagem e que entro para representar um papel importante que cria esse equilíbrio na história”, diz a intérprete de Majo, Zharick León. “Se Betty fosse uma pintura, Majo seria as sombras, os tons escuros e os cinzas”, adianta. Já , que dá vida a Esteban, quer uma chance do público para que Betty tenha outras possibilidades. “Adoro personagens antagônicos, o que o público conhece como vilões, e gosto de lidar com as paixões dos fãs”, comenta. “Mas espero que deem oportunidade, não ao meu personagem, mas à própria Betty de ver o mundo de forma diferente por meio dos olhos do Esteban. Veremos.” O jornalista viajou a convite do Prime Video

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