A Prefeitura de Campinas (SP) estuda a possibilidade do desfile das escolas de samba da metrópole voltarem a acontecer, mas fora do período de Carnaval. A informação foi confirmada ao g1 pela secretária de Cultura e Turismo, Alexandra Caprioli. Na segunda-feira (11), o governo municipal também publicou um chamamento para mapear os blocos de rua que vão circular em 2025. As escolas de samba de Campinas não desfilam há nove anos. Segundo a titular da pasta, a discussão sobre o retorno acontece junto à liga que reúne as agremiações, mas ele acontecerá em outro momento do ano porque, durante o Carnaval, “as atenções da segurança e outros setores públicos estão voltadas para os blocos de rua”. “Nós estamos tentando entender um modelo e uma data adequados para essa volta, que não será no próximo Carnaval. Estamos alinhando com a Liga das Escolas de Samba para que o retorno aconteça quando as escolas tenham mais formas de se sustentar também, e tentar transformar a saída das escolas de samba em um desfile da cidade”, explica a secretária. Carnaval das escolas de samba de Campinas na Avenida Francisco Glicério — Foto: Reprodução/EPTV Em 2024, quatro escolas de samba desfilaram inseridas nas programações dos blocos de ruas. No entanto, as saídas durante o Carnaval, com a competição para eleger a campeã, não acontecem desde 2015. Mapeamento de blocos e novas regras O Executivo começou a mapear os blocos que vão sair às ruas no Carnaval de 2025 em Campinas. De acordo com a administração, o mapeamento é importante para que a cidade prepare a estrutura pública dos eventos, como trânsito, limpeza e segurança. O número total de blocos só será possível saber após o fim do chamamento público. A Secretaria de Cultura e Turismo estabeleceu regras que estão presentes no edital publicado nesta segunda para a circulação dos blocos na cidade. Segundo Alexandra, não serão aceitas inscrições de novos blocos de rua localizados nas regiões dos distritos de Barão Geraldo, Sousas, Joaquim Egídio, além de alguns pontos do Centro, em função de já terem “atingido a capacidade máxima para que os órgãos públicos possam atuar de modo eficiente”. “Essas regras fazem referência a outros municípios que seguem a premissa de que o ideal é ter vários blocos que atendam diversos tipos de público e não ‘mega blocos’ que podem atingir um alto número de pessoas e causar impactos negativos para segurança do evento e para a organização também”, diz a secretária. O objetivo agora, segundo a prefeitura, é descentralizar os blocos. Ou seja, apoiar o surgimento de movimentos em regiões onde não acontecem blocos tradicionais, como os distritos do Campo Grande e Ouro Verde. Neste ano, 20% dos blocos de rua eram de movimentos descentralizados. Para 2025, a ideia é que este número seja maior. Restrição a blocos noturnos Além disso, de acordo com o edital, não serão aceitos novos blocos noturnos, apenas diurnos. A secretária de Cultura e Turismo explica que a medida foi tomada por conta de questões ligadas a segurança e mobilidade urbana da população após os eventos. Os blocos de rua que tradicionalmente acontecem a noite vão poder seguir em seus horários, mas com limite de término às 2h. *sob a supervisão de Marcello Carvalho VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região
Campinas estuda desfile de escolas de samba fora do Carnaval e mapeia blocos para 2025
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