Dos 17 casos de feminicídios registrados neste ano na região, seis foram na metrópole, três em Sumaré e dois em Americana e Indaiatuba. Veja números: A legislação brasileira prevê, desde 2015, penalidades mais graves para homicídios que se encaixam na definição de feminicídio – ou seja, que envolvam “violência doméstica e familiar e/ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher”. Segundo a Polícia Militar, que atendeu a ocorrência no bairro Dom Bosco, o autor do feminicídio, de 37 anos, morava no imóvel com a mãe e a filha dele, uma bebê de sete meses. Os vizinhos relataram à corporação que não ouviram nenhuma briga ou gritos no apartamento. A PM ainda informou que ele tem histórico de envolvimento com drogas e faz uso de medicamentos psiquiátricos. Ainda de acordo com a polícia, a criança é fruto de um relacionamento do homem com uma mulher que conheceu por redes sociais e a mãe não aceitava que ele criasse a bebê em casa. Quando foi até o 1º Distrito Policial para confessar o crime, o autor estava com a bebê. O Conselho Tutelar foi acionado para auxiliar nas decisões sobre a guarda da criança. 14 de janeiro: Janaína Aparecida Pires, de 29 anos, foi morta a tiros em frente a um posto de combustíveis, na Avenida Ruy Rodriguez, no bairro Recanto do Sol II, em Campinas. Na data do crime, a polícia procurava pelo companheiro dela, que era suspeito do crime e havia fugido. 14 de janeiro: Vanessa Rocha Teixeira, de 31 anos, foi encontrada morta sem roupas e com hematomas pelo corpo dentro de uma casa na zona rural de Holambra. O suspeito do crime, que era namorado da vítima, foi preso em São Paulo, após se entregar no dia 29 de janeiro.28 de janeiro: Fernanda Tavares Barbosa, de 35 anos, foi encontrada morta dentro de casa na região do Nova Veneza, em Sumaré. O companheiro da vítima, o operador Anderson Oliveira Costa, foi preso em flagrante por feminicídio. 8 de março: Marlene Mascarenhas Rodrigues, 50 anos, foi morta pelo filho no bairro Jaguari, em Americana. O autor foi preso em flagrante. A vítima tinha medida protetiva contra o filho.6 de abril: Gislaine Aparecida de Almeida, de 45 anos, foi morta a facadas dentro da própria casa, no Jardim Conceição, no distrito de Nova Veneza, em Sumaré. O companheiro da vítima foi preso e confessou o crime – ele alegou que teria agido por ciúmes.14 de abril: Ariane Aparecida de Oliveira, de 18 anos, foi morta a tiros na região do bairro São Bernardo, em Campinas. Um homem de 55 anos armado invadiu a casa e matou a mulher com quem teria tido um relacionamento. O criminoso tentou o suidício, foi levado ao hospital e morreu na unidade de saúde.14 de abril: Tatiane Aparecida Mendes Dias, de 35 anos, foi encontrada em casa, em Campinas, com sinais de esganadura. O caminhoneiro Jairo Ferreira dos Santos, de 39 anos, foi preso em Carapicuíba (SP) e, segundo a PM, admitiu que matou a mulher. 28 de abril: Milena Melotto Meravil da Silva, de 47 anos, foi morta a tiros pelo ex-companheiro em Indaiatuba. O autor, de 41 anos, cometeu suicídio em seguida. Os três filhos da vítima estavam na casa e ouviram os disparos.2 de maio: Patrícia Alves dos Santos, de 37 anos, foi morta pelo ex-companheiro a facadas no DIC 5, em Campinas. A vítima tinha uma medida protetiva contra o agressor, que foi preso em Paulínia – ele havia saído para “beber com um primo” após o crime.23 de maio: Paula Helena Siano, de 29 anos, foi encontrada morta com sinais de enforcamento no quarto da casa em que morava com o namorado, em Sumaré. Luiz Ferretti, de 30 anos, foi localizado na casa de um amigo e preso pela Polícia Civil. 28 de maio: Francine de Souza Santiago, de 40 anos, foi morta em casa no bairro Santa Cecília, em Paulínia. Uma sobrinha da vítima entrou na residência e encontrou o corpo. O fogão da casa estava com as quatro bocas ligadas. Fábio dos Santos Santiago fugiu e é suspeito pelo crime.18 de setembro: Rhudyneia Paola de Carvalho, de 33 anos, foi encontrada morta a facadas dentro de um carro no Jardim dos Lírios, em Americana. Ex-namorado da vítima, Wagner Aparecido de Castro Júnior, de 25 anos, confessou o crime e foi preso em flagrante. 21 de setembro: Margarida da Rocha Moreira, de 44 anos, foi encontrada morta na cama da casa em que morava com o companheiro, no bairro do Livramento, área rural de Socorro. Segundo a PM, o marido da vítima é o principal suspeito – ele teria confessado o crime a um amigo da igreja e fugido para Minas Gerais.24 de setembro: Adriele de Freitas Pimentel, de 35 anos, foi morta a facadas pelo ex-marido no bairro Recanto Campestre, em Indaiatuba. O jardineiro Eli Pimentel Fraga se entregou à Guarda após o crime. A vítima tinha uma medida protetiva contra o suspeito, de quem estava separada há dois anos. Os dois são primos de primeiro grau e tinham um filho de 9 anos.23 de outubro: Larissa da Silva Bezerra Xavier, de 19 anos, foi morta com uma facada no pescoço pelo marido, Ricardo Xavier de Souza, de 35 anos, que se entregou na delegacia. Segundo a Polícia Civil, o autor alegou que crime ocorreu após ‘discussão banal’, e que a filha do casal, de 1 ano e 8 meses, estava no imóvel. Ele levou a filha à casa da avó paterna antes de se entregar.26 de outubro: Solange da Silva, de 50 anos, foi morta com uma facada no pescoço por Marcos Antônio de Barros, no imóvel do casal na zona rural de Artur Nogueira. O homem ligou para a filha da vítima para confessar o crime, chegou a dizer que se entregaria, mas fugiu antes da chegada dos familiares. Segundo o cunhado da vítima, Solange queria a separação, mas o marido não aceitava o fim do relacionamento.4 de novembro: Uma mulher de 61 anos foi morta a facadas pelo filho no apartamento onde moravam, no bairro Dom Bosco, em Campinas. O homem de 37 anos foi com a filha de 7 meses até a delegacia, onde confessou o crime e foi preso. De acordo com a polícia, a criança é fruto de um relacionamento do homem com uma mulher que conheceu por redes sociais e a mãe não aceitava que ele criasse a bebê em casa. Histórico de 2023 O retrato trágico das estatísticas de feminicídio na região é evidenciado pelo fato de que, no ano passado, 17 pessoas de diversas idades, cidades, classes sociais e raça tiveram a vida ceifada por questões de ligadas a gênero. VÍDEOS: destaques da região de Campinas
Morta pelo filho é 17ª vítima de feminicídio no ano e região iguala total de casos de 2023; relembre
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