Ao todo, 43 pontos receberam sinalização de orientação para motoristas e pedestres – veja a lista abaixo. “Desse modo, é normal que essa quantidade de pontos seja dinâmica. Esse mapeamento ocorre em função das ocorrências de chuva com alagamento, atendidas em campo e por meio das observações dos agentes da Mobilidade Urbana”, informa, em nota. Locais de risco Segundo o levantamento, oito dos 43 pontos mapeados são considerados os mais críticos. São eles: Av. Orosimbo Maia x Av. Dona LibâniaAv. Orosimbo Maia x Av. Brasil/R. Santa CruzAv. Orosimbo Maia (entre R. Dr. Carlos Guimarães/R. Paula Bueno e R. Rafael Sampaio)Kartódromo x Av. Dr. Heitor PenteadoAv. Heitor Penteado Int. entre Av Almeida Garret até balão 4º DPRegião do Curtume – Av. Sylvio Moro e Av. Dr. Carlos de CamposAv. Prefeito Magalhães Teixeira sob o viaduto da Av. Prestes MaiaAv. Princesa D’Oeste x Av. Dr. Antônio Carlos Sales Jr. Foi em um desses pontos críticos, na Av. Sylvio Moro, na região do Curtume, que a jovem Sara Gabrielli de Souza Silva, de 18 anos, foi arrastada pela força das águas em uma enxurrada. Mulher é arrastada pela enxurrada durante temporal em Campinas Outros pontos com risco mapeados Av. Pref. José N. L. Maselli x R. Côn. CipiãoAv. Anchieta (entre R. Gal. Osório e Av. Benjamin Constant)Av. Orosimbo Maia x R. Delfino CintraAv. Orosimbo Maia x Av. Francisco GlicérioR. Álvaro Muller (entre R. Barata Ribeiro e R. Sacramento)R. Visconde de Taunay x R. Coelho NetoAv. Orosimbo Maia x R. Coronel QuirinoAv. Barão de Itapura x Av. BrasilAv. Dr. Moraes Sales x Viaduto SPAv. Rosa Belloto Grandex R. Contabilistas (próximo Av. José de Souza Campos)Av. Mons. Jerônimo Baggiox Av. Dr. Heitor PenteadoAv. Dr. Heitor Penteado x Av. Barão de ItapuraAv. Júlio Prestes (sentido Guarani/Taquaral) próximo Av. Dr. Heitor PenteadoAv. Theodureto de Almeida Camargo (sentido Taquaral/centro, após Bambini)Av. Lix da Cunha sob viaduto Pça. João dos S. TeixeiraEstrada da Rhodia x R. Dr. Alcindo SoaresAv. das Amoreiras (entre R. Dr. Alves do Banho e R. Guararema)Av. das Amoreiras x R. Jacy Teixeira de CamargoR. Padre Donizete Tavares de Lima x R. Laranjal PaulistaAv. John Boyd Dunlop (sob Viaduto Perimetral BRT)Av. John Boyd Dunlop (sob Viaduto Rod. Anhanguera)Av. John Boyd Dunlop (sentido Centro/Bairro) x R. Ivo CiprianoAv. Ruy Rodrigues (sentido Centro/Bairro), posterior ao viaduto da Rod. dos BandeirantesAv. Ruy Rodrigues, próximo a Av. ItacuruçáR. João Caboclo da Silva x R. 9Rua João Caboclo da Silva, aproximação da Rua Yves MontandAv. Ruy Rodrigues x Rua Rachel Grimaldi Benites de CaráAv. Camucim xR. Georg Wilhelm Friederich HegelRod. Heitor Penteado x R. Jean MermozR. Buriti x R. Antônio Roge FerreiraAv. Dr. Jesuino Marcondes Machado x R. PiqueteAv. José de Souza Campos x Av. Orosimbo MaiaR. Ernani Pereira Lopes x R. João Rodolfo ForsterR. Arlindo Carpinox Rua Leonardo da VinciR. Maneco Rosa x Av. Isabelita Vieira A Defesa Civil de Campinas divulgou orientações sobre o que fazer no caso de inundações. “A população deve ficar alerta pois elevação do nível da água ocorre rapidamente, e não deve ser arriscar! Deve procurar um terreno ou andar de prédio mais alto e aguardar o temporal passar e a água baixar. O cidadão jamais deve andar ou dirigir em áreas de inundação. Entrar nas águas pode resultar em ferimentos ou morte”. O que fazer? A Defesa Civil de Campinas dividiu as orientações sobre o que fazer antes, durante e depois das inundações. É importante ter definido um lugar seguro onde você e sua família possam se abrigar;Coloque documentos e objetos de valor em sacos plásticos bem fechados e em local protegido;Ao sinal de inundação, deixe móveis, eletrodomésticos, produtos de limpeza e alimentos fora do alcance da água;Desconecte os aparelhos elétricos da tomada;Feche portas e janelas da casa caso seja necessário o abandono, para evitar a entrada de escombros e de animais peçonhentos;Ao evacuar uma residência, feche os registros de gás e água e, se possível, acione a companhia elétrica para desligar a luz do local;Lembre-se de garantir a segurança também dos animais de estimação. Proteja a sua vida, a de seus familiares e amigos indo para um terreno ou um andar mais alto;Evite contato com águas de inundação para não contrair doenças;Não cruze pontes, ruas ou avenidas alagadas. Procure sempre um lugar elevado para estacionar;Águas de inundação são pesadas e violentas. Mesmo que você saiba nadar, não se arrisque em travessias ou brincadeiras. Apenas 15cm de água em movimento podem derrubá-lo, e 30cm de água em movimento são suficientes para arrastar o veículo;Se estiver fora de casa, em um local seguro (escola/empresa), permaneça e avise sua família que está em segurança. Não volte para casa até as águas baixarem e o caminho estar seguro;Tenha cuidado: procure por trincas e estufamento nas paredes, para verificar se sua casa não corre risco de desabar;Remova a lama e o lixo do chão, das paredes, dos móveis e utensílios e lave e desinfete os objetos que tiveram contato com as águas da inundação;Bebidas e alimentos que tiveram contato com as águas da inundação devem ser descartados, pois podem estar contaminados;Não use equipamentos elétricos que tenham sido molhados;Após as águas baixarem, faça a limpeza usando botas e luvas de borracha. Animais peçonhentos podem estar escondidos em sua casa. O que provoca os alagamentos? “Esses alagamentos que ocorrem na Princesa d’Oeste, Norte-Sul e Orosimbo Maia se dão por conta de uma quantidade muito grande de chuva que cai em muito pouco tempo. A média histórica para outubro em Campinas é de 110 milímetros. (…) choveu 80mm, ou seja, quase a totalidade do mês inteiro caiu em muito pouco tempo”, destacou Ernesto Paulella, secretário de Serviços Públicos. Segundo Paulella, a região foi muito impermeabilizada, com muitas áreas asfaltadas, onde praticamente não há infiltração da água no subsolo, e toda a água da chuva corre para os canais, formados por galerias antigas, projetadas para a média histórica. “As redes não suportam essa quantidade de água no período muito pequeno, por isso o alagamento”, diz o secretário. Avenidas da região central de Campinas ficam embaixo d’água — Foto: CIMcamp Gabriela Celani, professora da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Unicamp, enfatiza o cenário de mudanças climáticas agrava um problema que já existia. “Não tem como negar que a gente está vivendo um período de mudanças climáticas extremas. O padrão de chuvas se alterou claramente nos últimos anos. Em vez de chuvas mais distribuidas ao longo do ano, elas estão se concentrando em pequenos períodos, e agrava um problema que já existia. Não tem como um córrego dar vazão a uma chuva tão intensa em tão pouco tempo”, explica. Assim como o secretário municipal, a professora da Unicamp destaca a questão da impermeabilização do solo como um agravante para os alagamentos. “Antes de a cidade estar aqui, esse solo tinha uma cobertura vegetal, ele podia receber essa chuva e absorver, impedindo que grande parte dela se dirigisse rapidamente às linhas de drenagem, que são os córregos”, detalha Gabriela. O que pode ser feito? De acordo com a Prefeitura, obras de piscinões, o primeiro deles em andamento, devem amenizar os impactos na região do ribeirão Anhumas, que provoca os alagamentos entre as avenidas Princesa d’Oeste, Norte-Sul e Orosimbo Maia – a entrega é prevista para 2026. “Esse piscinão representa 80% do problema de inundação da Princesa e Norte-Sul. A conclusão é prevista para 2 anos. Até lá nós viveremos, infelizmente, essa situação”, disse Paulella. Questionada sobre outras ações para minimizar impactos das chuvas, a Prefeitura de Campinas informou que realiza, além das obras antienchente, trabalhos de limpeza em bocas de lobo, desassoreamento do piscinão da Norte-Sul, manutenção dos córregos, treinamentos da Defesa Civil, monitoramento de áreas de risco, pavimentação e drenagem e podas de árvores. Placa com sinalização sobre alagamento em Campinas — Foto: PMC/Arquivo VÍDEOS: confira outros destaques da região
Pontos de alagamento crescem 26% em dois anos e Campinas cita ‘ações dos temporais’ como justificativa; veja locais
6