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Brasileiro na Flórida vê grupo pegar voo de volta no mesmo dia com medo do furacão Milton

por admin
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Teve quem desembarcou em Orlando e viu grupos de passageiros embarcarem de volta por medo do evento meteorológico. “Ontem no aeroporto quando a gente pousou, muita gente foi para os balcões de informação para saber se podia voltar. Teve gente do nosso voo que pousou aqui de noite, e pegou o voo de volta vendo a situação toda”, relata o jornalista André Piunti. Piunti está em uma cidade próxima a Orlando, e contou que encontrou uma cidade transformada por conta da chegada do furacão Milton. “Eu desci em Orlando ontem à noite. Orlando é uma cidade que tem bastente trânsito, e ontem basicamente não tinha nenhum. Não tinha muito carro na rua. A gente até parou para comer alguma coisa, estava bem vazio. O pessoal tá bem com medo mesmo, tem aquela coisa de ‘só se fala nisso’. Você vê as pessoas no celular olhando nos aplicativos”, comentou. Furação Milton: mais de 5 milhões de americanos recebem ordens para sair de casa e escapar da destruição — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução Radicada nos Estados Unidos, a faxineira Luana Oliveira está abrigada em casa, já toda vedada para enfrentar a chegada do furacão. E ela teme mais estragos em um momento que a cidade nem se recuperou de outro estrago. “A gente acabou de passar por outro furacão, a praia da minha cidade está toda destruída. Não deu tempo de recolherem o lixo, é possível que tudo isso volte para o oceano”, disse. Com o fechamento do Aeroporto de Orlando, a Azul Linhas Aéreas, que tem voa direto do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, para a cidade americana, precisou cancelar seis voos entre esta quarta (9) e quinta (10). Não há previsão para retomada das operações. Tensão O empresário André Henke é de Campinas (SP) e mora a 50 quilômetros de Tampa, onde há ordem de evacuação por conta da aproximação do Milton. Por conta da proximidade com a cidade, ele também resolveu deixar a residência. “A gente vai sentido Norte, sentido Geórgia, Nova York, os hotéis estão lotados, mas eu vou procurar um lugar, porque se ele chega em Tampa com muita destruição, com certeza ele vai destruir muito aqui também, porque Tampa é muito perto daqui”, disse o empresário. Empresário André Henke precisou deixar a casa na Flórida — Foto: Reprodução/EPTV No final de setembro, o furacão Helene atingiu seis estados americanos, deixando ao menos 200 mortos. Entre junho e julho, o furacão Beryl surgiu no Caribe e também atingiu intensidade máxima. Com ameaça de chegada do Milton, autoridades da Flórida intensificam trabalho de retirada do lixo e escombros deixados pelo furacão Helene — Foto: AP Photo/Chris O’Meara Férias transformadas Leon Pazinatti, também de Campinas, foi passar férias com o pai, Sérgio, em Parkland, e teve toda a programação modificada pelo furacão. “Mudou nossa vida completamente, porque tivemos passeios na Disney, em Orlando, que tiveram de ser cancelados”, contou Leon. Prateleiras vazias nos Estados Unidos com a aproximação do furacão Milton — Foto: Arquivo pessoal/Renato Evangelista O gerente de suporte técnico Renato Evangelista mora em Orlando há dez anos e ressaltou a estrutura de preparação que o país oferece para eventos climáticos extremos. “Como a gente já tem experiência, quando emitiu o primeiro alerta, eu já fui ao supermercado, abasteci o carro, deixei todas as baterias de celular carregada. Se falar que precisa ir para um abrigo, eu já sei qual abrigo é, que é uma escola, e funciona com abrigo de pets também, então estamos preparados”, falou. Peco Nogueira fala da preparação para receber o furacão Milton — Foto: Arquivo pessoal Peco Nogueira, que é de Campinas e mora em Windermere, contou sobre como agiram para armazenar alimentos e outros mantimentos necessários durante a passagem do furacão. “Armazenamos água para beber e higiene pessoal, alimentos, para nós e para os pets que temos em casa. Então fizemos essas medidas de segurança, se faltar energia temos baterias, lanternas. As casas são preparadas para um determinado vento, o que nos deixa mais tranquilos. Todas as coisas externas foram retiradas, sacos de areia foram colocadas nas portas para evitar inundação”, completou. Os furacões – ou ciclones tropicais, como são chamados pelos meteorologistas – são sistemas de baixa pressão atmosférica. Isto é, grandes massas de ar que giram em torno de um centro de baixa pressão intenso, provocando condições climáticas adversas em grande escala. 🌪️De forma menos técnica, o ciclone “puxa” o ar quente e úmido da superfície e joga para cima, formando nuvens de chuva. Imagem de satélite mostra o furacão Milton avançando no Golfo do México — Foto: NOAA VIA REUTERS Furacão Milton Nesta quarta-feira (9), o Centro Nacional de Furacões (NHC) afirmou que o furacão estava a 340 quilômetros da costa da Flórida, e a previsão para que tocasse o solo no estado norte-americano passou para 1h de quinta-feira no horário local (2h pelo horário de Brasília). Mais de 1 milhão de pessoas receberam ordens para sair de casa e procurar por abrigo imediatamente. A saída da população deixou cidades-fantasmas e provocou congestionamentos. Ainda segundo o NHC, o furacão será “extremamente periogoso” quando tocar o solo em Tampa, no Golfo da Flórida. O presidente Joe Biden afirmou que “Milton” deve ser o pior furacão a atingir a Flórida em mais de 100 anos. Furacão Milton, que se aproxima da Flórida, é flagrado da Estação Espacial Internacional. — Foto: Reprodução/Matthew Dominick/Nasa Uma das primeiras áreas que serão afetadas é a região metropolitana de Tampa, onde vivem mais de 3 milhões de pessoas. Por lá, as autoridades esperam estragos generalizados em casas e edifícios. Também há risco de inundações. No entanto, outras áreas da Flórida também podem ser fortemente afetadas, como Orlando. A Disney, por exemplo, resolveu fechar parques temáticos na região a partir de quarta-feira. Veja um resumo do que se sabe: O furacão Milton se intensificou e voltou à categoria 5 na terça-feira (8), pouco tempo depois de perder força.Atualmente, a costa oeste da Flórida está em fase de recuperação por causa da passagem do furacão Helene, no fim de setembro. A tempestade provocou dezenas de mortes e deixou estragos.Por causa das ordens de retirada, congestionamentos foram registrados na região de Tampa. Além disso, quatro em cada 10 postos da região estão sem combustíveis.O furacão deve chegar à costa central do Golfo da Flórida com ventos de até 270 km/h. O governador Ron DeSantis pediu à população que se prepare para um impacto significativo.O presidente Joe Biden adiou uma viagem internacional para acompanhar a passagem do furacão.A prefeita de Tampa, Jane Castor, alertou para risco de morte devido à passagem do fenômeno, principalmente em áreas mais vulneráveis.Aeroportos em Tampa e Orlando interromperam voos. Grandes parques temáticos fecharam, como os da Disney e da Universal.Cientistas estão surpresos com a temporada de furacões no Atlântico e a classificaram como “a mais estranha” já vista. Cinco fenômenos do tipo se formaram entre setembro e outubro.No caso de “Milton”, o fenômeno passou de tempestade tropical a um furacão de categoria 5 em apenas 46 horas. O aumento na intensidade é um dos mais rápidos já registrados.No México, o furacão provocou estragos pequenos. Não há mortos ou feridos. O presidente dos EUA, Joe Biden, fala sobre a resposta do governo federal ao furacão Helene e os preparativos para o furacão Milton — Foto: REUTERS/Elizabeth Frantz VÍDEOS: saiba tudo sobre Campinas e Região

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