Lar Mundo ‘Por que tenho que falar da Venezuela em todo lugar?’, indaga Lula após pergunta sobre ausência do tema no discurso na ONU

‘Por que tenho que falar da Venezuela em todo lugar?’, indaga Lula após pergunta sobre ausência do tema no discurso na ONU

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No evento da ONU, na semana passada, o petista tratou de diversos temas, inclusive citou a importância da defesa da democracia. Entretanto, o petista não falou sobre a falta de transparência no processo eleitoral venezuelano. “Por que eu tenho que falar da Venezuela em todo o lugar? Eu não falo nem da Janja em todo lugar”, afirmou o petista a jornalistas no México, onde participa nesta terça-feira (1º) da posse de Claudia Sheinbaum. “Por que eu vou falar da Venezuela? Eu falo o que me interessa falar. O discurso que eu queria fazer [na ONU] era aquele. E foi muito bom discurso”, acrescentou Lula (veja no vídeo acima). Presidentes Lula e Maduro durante encontro em Brasília, em maio de 2023. — Foto: Ueslei Marcelino/Reuters O presidente defendeu cautela nas ações relativas ao governo de Maduro, a fim de manter canais de diálogo abertos. “É importante que a gente tenha comedimento no nosso comportamento, porque, se eu acho que a pessoa errou, e eu achar que eu tenho que radicalizar para consertar esse erro, eu vou criar um caminho sem volta. Eu, em política, sempre costumo deixar uma porta aberta”, declarou. O petista disse ainda que é preciso “criar as condições” para dialogar com a Venezuela. Segundo ele, a relação diplomática está “muito forte”, com diálogo do chanceler Mauro Vieira com seus pares da Venezuela e Colômbia. Defesa da democracia em discurso ‘No Brasil, a defesa da democracia implica ação permanente ante investidas extremistas, messiânicas e totalitárias’, diz Lula na ONU Lula foi alvo de críticas por não ter abordado – durante o discurso na ONU, em Nova York, na semana passada – as controversas eleições venezuelanas. “”No Brasil, a defesa da democracia implica ação permanente ante investidas extremistas, messiânicas e totalitárias, que espalham o ódio, a intolerância e o ressentimento. Brasileiras e brasileiros continuarão a derrotar os que tentam solapar as instituições e colocá-las a serviço de interesses reacionários”, disse o petista na ocasião. “A democracia precisa responder às legítimas aspirações dos que não aceitam mais a fome, a desigualdade, o desemprego e a violência. No mundo globalizado não faz sentido recorrer a falsos patriotas e isolacionistas”, emendou, sem citar nomes, na ONU.

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