Lar Cidades Entenda o que é greening, doença que ameaça laranjeiras e colocou região de Limeira no topo do ranking de mais afetadas

Entenda o que é greening, doença que ameaça laranjeiras e colocou região de Limeira no topo do ranking de mais afetadas

por admin
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A liderança no ranking segue uma tendência já observada em anos anteriores. Em relação a 2023, a incidência da doença na região passou de 73,87% para 79,38%. O prejuízo nos pomares e as altas temperaturas têm impacto nos preços da fruta e do suco vendidos ao consumidor. 🍊 O greening é uma bactéria considerada a mais destrutiva da citricultura mundial. Os sintomas podem ser observados nas folhas, que apresentam um aspecto amarelado, e nas flores, que ficam secas e murchas, por exemplo. “A doença é transmitida por um inseto vetor, pelo psilídeo, e é justamente nessa região de Limeira, Avaré e Bebedouro, esse ‘miolo’ do estado de São Paulo, onde são capturadas as maiores população de inseto. Consequentemente a gente tem as maiores taxas de transmissão”, explica Guilherme Rodriguez, supervisor de projetos do Fundecitrus. Rodriguez destaca, ainda, que outro fator impacta na transmissão na região. “O número de propriedades é muito grande, e a gente também sabe pelos estudos que quanto maior o número de propriedades, maior a chance de você ter um refúgio, de alguém que não está cuidando direito e aí o inseto vai se multiplicar, e propriedades pequenas também são as mais afetadas”. Laranjas afetadas pelo greening — Foto: Jefferson Barbosa/EPTV Impacto no bolso Na fazenda da família do Lucas Eduardo Boschiero, a plantação de laranjas está na terceira geração. Boa parte da safra é prejudicada pelo greening. Essa situação se repete em muitas outras propriedades rurais da região, uma das principais produtoras da fruta do Brasil. “Hoje a gente está na região aqui, plantadas mais ou menos 100 mil plantas. Na faixa mais ou menos de 80% [tiveram] infestação pelo greening. Tivemos que percorrer outros estados, como Bahia, Minas, Sergipe e Goiás, para a gente fazer o suco e vender a laranja in natura”, conta. O produtor usa dois preços diferentes para vender a laranja: uma parte vai para a indústria, para a produção de sucos, por exemplo. O que era vendido a R$ 0,80 por quilo custa, agora, R$ 2. Ao vender para mercados, que distribuem nas gôndulas as frutas maiores e mais bonitas, é ainda mais caro. O que antes custava R$ 1 por quilo passa a custar R$ 3. O impacto, é claro, chega ao consumidor final. O restaurante do Elias Staiguer funciona onde antes havia uma plantação de laranjas que foi destruída pelo greening. Hoje, o comerciante compra a fruta de outro produtor da região de comanda a própria fábrica de sucos. “A laranja vem de mais longe, ela está mais cara e tem o frete ainda para impactar mais no valor”, destaca Staiguer. VÍDEOS: tudo sobre Piracicaba e região

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