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A Papua Nova Guiné que acolhe o Papa

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Embora dotada de um rico patrimônio mineral- nomeadamente ouro e cobre – e de enormes recursos hídricos, agrícolas e energéticos florestais, Papua Nova Guiné é um dos países mais pobres da Oceania e ainda está muito condicionada por influências externas, especialmente da vizinha Austrália. Cerca de um terço da população vive abaixo do limiar da pobreza, com uma expectativa de vida de apenas 67 anos. Vatican News Localizado entre o Mar dos Corais e o Oceano Pacífico meridional, o Estado Independente de Papua Nova Guiné compreende a metade oriental da segunda maior ilha do mundo depois da Groenlândia, a Nova Guiné, limítrofe a oeste com a província indonésia de Irian Jaya. O resto do país é composto por cerca de 600 pequenas ilhas, sendo as principais o arquipélago Bismarck, as ilhas Trobriand, o arquipélago Louisiade, as ilhas D’Entrecasteaux e algumas ilhas do grupo Salomão. Compreende 22 províncias, entre as quais o Distrito da Capital Nacional (Port Moresby) e a Região Autônoma de Bougainville. O país, um dos menos explorados do mundo, é circundado por recifes de corais protegidos e faz parte do Anel de Fogo do Pacífico (ponto de colisão de diversas placas tectônicas), onde estão localizados muitos vulcões ativos. Juntamente com os vulcões, a ilha abriga os planaltos da Nova Guiné, as Highlands (Terras Altas), uma cadeia de montanhas que atravessa toda a ilha da Nova Guiné, de leste a oeste. O Monte Wilhelm com 4.509 m é o pico mais alto do Estado e faz parte da cadeia de montanhas Bismarck. As terras baixas e as áreas costeiras são cercadas por densas florestas tropicais e zonas húmidas, que abrigam uma surpreendente variedade de flora e fauna. Os principais rios que atravessam o território são o Sepik e o Fly. O clima é de monções, quente, úmido e chuvoso o ano todo. Capital: Port Moresby (325.000 habitantes) Superfície: 462.840 km2 (Itália: 302.073 km²) População: 8.241.000 habitantes. Densidade: 18 habitantes/km² Idioma: Tok Pisin (oficial), Inglês (oficial), Hiri Motu (oficial), mais de 820 idiomas locais Principais grupos étnicos: Melanésios, Papuas, Negritos, Micronésios, Polinésios Religião: Católica (31%), Protestante (64%), Cultos tradicionais (3,3%) Forma de governo: Monarquia constitucional Chefe de Estado: Soberano do Reino Unido Moeda: Kina (1 EUR = 4,32 PGK) Os primeiros europeus a chegarem na ilha foram portugueses, em 1511, que lhe deram o nome de Nova Guiné. Fazendo fronteira com a província indonésia de Papua, Papua Nova Guiné inclui dois territórios disputados no final do século XIX pela Grã-Bretanha e pela Alemanha: a Papuasia (uma colônia britânica depois cedida à Austrália em 1906) e Nova Guiné (colônia alemã confiada pela Liga das Nações à administração da Austrália em 1920). Colocados sob a tutela da Austrália após a Segunda Guerra Mundial, os dois territórios obtiveram o autogoverno em 1973 e a independência em 16 de setembro de 1975, no âmbito do Commonwealth britânico. O primeiro governo do país foi liderado por Michael Somare, fundador em 1967 do partido independentista Pangu (Papua and Niugini Union Pati), que permaneceu no poder até 1980 e voltou a ocupar o cargo de primeiro-ministro de 1982-1985. Entre 1985 e 1995, Pangu e a nova coligação do Movimento Popular Democrático alternaram-se no poder e não conseguiram resolver os principais problemas do país: da tensão com a Indonésia, devido ao apoio aos separatistas de Irian Jaya (hoje Papua Ocidental), à corrupção, à fraca coesão nacional e à sangrenta guerra de guerrilha secessionista que surgiu em 1989 na ilha de Bougainville e só terminou em 1998 com a concessão de ampla autonomia à ilha. Em 2002, Somare voltou ao comando do Governo, desta vez como líder do novo Partido da Aliança Nacional. Durante este terceiro mandato, Somare teve que enfrentar uma situação social difícil marcada pela propagação da criminalidade e da AIDS. Confirmado nas eleições de 2007, em 2011 foi afastado do cargo por problemas de saúde e substituído por Peter O’Neill, líder do oposicionista Partido Popular do Congresso Nacional. O seu governo assinou um acordo com as autoridades australianas em 2013 para acolher refugiados e requerentes de asilo rejeitados pela Austrália em centros de detenção na ilha de Manus e em Port Moresby. Em 2 de agosto de 2017, O’Neill foi reconfirmado primeiro-ministro após a vitória do People’s National Congress (Congresso Nacional Popular) nas eleições legislativas. Em maio de 2019, demitiu-se após uma crise no seu partido e protestos da oposição contra um acordo assinado com duas multinacionais petrolíferas estrangeiras sobre a exploração de gás, considerado desvantajoso para os interesses nacionais. Ele foi sucedido por seu ex-ministro das Finanças, James Marape. No início de Janeiro de 2024, registaram-se graves distúrbios na capital, Port Moresby, com protestos iniciados após um grande corte nos salários dos funcionrios públicos, que Marape atribuiu a “um erro informático”. A agitação ocorreu em um momento político e social delicado para Papua-Nova Guiné, marcado por um forte descontentamento entre a população devido ao elevado custo de vida e a uma elevada taxa de desemprego. Embora dotada de um rico patrimônio mineral (nomeadamente ouro e cobre) e de enormes recursos hídricos, agrícolas e energéticos florestais, Papua Nova Guiné é de fato um dos países mais pobres da Oceania e ainda está muito condicionada por influências externas, especialmente da vizinha Austrália. Cerca de um terço da população vive abaixo do limiar da pobreza, com uma expectativa de vida de apenas 67 anos, enquanto a taxa de infecção por AIDS permanece elevada e os alfabetizados não chegam a dois terços da população. Obrigado por ter lido este artigo. 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