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Justiça condena socialite a oito anos de prisão por racismo contra filha de Bruno Gagliasso

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Aracaju

A socialite Day McCarthy foi condenada na última quarta-feira (21) a cumprir, em regime fechado, uma pena de oito anos e sete meses de prisão por racismo contra Titi Gagliasso, filha dos atores Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank. A decisão cabe recurso. Com isso, ela seguirá em liberdade por enquanto.

O F5 teve acesso a sentença nesta sexta (23). O caso corre na 1ª Vara Criminal da Justiça Federal do Rio de Janeiro. O juiz afirma que Day não só ofendeu uma então criança, que nada fez a ela, como também incitou outras pessoas a cometerem racismo contra a pequena por diversos dias.

Além disso, o magistrado afirmou que Day também atacou toda a família, o que configura uma clara perseguição. A socialite disse, sem provas, que Bruno Gagliasso faz “lavagem de dinheiro”, e que Giovanna é associada ao tráfico de drogas.

“A materialidade do delito em questão dispensa maiores digressões, pois as palavras dirigidas a vítima possuem o nítido proposito de ofender sua dignidade, valendo-se de referências explicitas a sua raça e cor”, diz parte da decisão.

Neste momento, Day MacCartney está em liberdade. Ela não vive no Brasil e mora no Canadá. Caso a decisão seja mantida, a Justiça brasileira deverá pedir a sua extradição ao Canadá. Existe acordo entre os dois países para casos do tipo. A condenação é a maior punição por racismo na história penal do Brasil.

No início da tarde desta sexta-feira (23), Bruno e Giovanna confirmaram a condenação e comemoram a vitória. Segundo eles, a decisão do juiz foi exemplar e ambos esperam que o entendimento judicial seja atendido o quanto antes.

“Mesmo com todos os nossos privilégios, o caminho foi longo: apenas em maio de 2021 conseguimos oferecer uma denúncia. E somente na última quarta-feira, dia 21 de agosto de 2024, sete anos depois, a Justiça Federal do Rio de Janeiro proferiu uma decisão inédita condenando a autora dos crimes por injúria racial e racismo. A pena? 8 anos e 9 meses de prisão em regime fechado”, diz a nota dos artistas.

“Essa é á primeira vez que, em reposta ao racismo, o Brasil condena uma pessoa a prisão em regime fechado. Sim, estamos em 2024 e essa ainda é a primeira vez. Apesar de tardio, é histórico. O direito criminal diz que pouco pode ser feito pela reversão da pena, no máximo sua redução. E assim esperamos e seguiremos confiantes na justiça, pois há anos estamos lutando por entendermos que esta vitória não é nossa, mas da nossa filha, coletiva e de toda uma comunidade”, concluíram Bruno e Giovanna.

O F5 tentou contato com Day McCarthy via rede social nesta sexta (23), mas não obteve resposta até a última atualização da reportagem.

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