Francisco iniciou a alocução que precedeu a oração mariana do Angelus, com as palavras ditas com simplicidade por Jesus: “Eu sou o pão vivo, descido do céu”. “O pão celestial, que vem do Pai, é o Filho que se fez carne por nós. Esse alimento é mais do que necessário para nós, porque sacia a fome de esperança, a fome de verdade, a fome de salvação que todos nós sentimos, não no estômago, mas no coração”, frisou o Papa. Mariangela Jaguraba – Vatican News O Papa Francisco rezou a oração mariana do Angelus, deste domingo (18/08), com os fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro. O Pontífice iniciou a alocução, que precedeu a oração, com as palavras ditas com simplicidade por Jesus: “Eu sou o pão vivo, descido do céu”. “Diante da multidão, o Filho de Deus se identifica com o alimento mais comum e cotidiano. Entre os que ouvem, alguns começam a discutir: como Jesus pode nos dar sua própria carne para comer? Hoje, também nos fazemos essa pergunta, mas com admiração e gratidão”, disse o Papa, propondo duas atitudes sobre as quais refletir. “Admiração e gratidão diante do milagre da Eucaristia”, sublinhou Francisco. As palavras de Jesus nos surpreendem A primeira atitude é “maravilhar-se, porque as palavras de Jesus nos surpreendem. Ainda hoje, Jesus sempre nos surpreende em nossa vida”. “O pão do céu é um dom que supera todas as expectativas.” Quem não entende o estilo de Jesus permanece desconfiado: parece impossível, até mesmo desumano, comer a carne de um outro. Carne e sangue, ao contrário, são a humanidade do Salvador, sua própria vida oferecida como alimento para a nossa. Reconhecer Jesus onde ele se faz presente “Isso nos leva à segunda atitude: a gratidão, porque reconhecemos Jesus ali onde ele se faz presente para nós e conosco. Ele se faz pão por nós”, sublinhou Francisco, destacando as palavras de Jesus: “Quem come a minha carne permanece em mim e eu nele”. O Cristo, verdadeiro homem, sabe muito bem que é preciso comer para viver. Mas ele também sabe que isso não é suficiente. Depois de ter multiplicado o pão terreno, Ele prepara um dom ainda maior: Ele mesmo se torna verdadeira comida e verdadeira bebida. Obrigado, Senhor Jesus! Jesus cuida da maior necessidade “O pão celestial, que vem do Pai, é o Filho que se fez carne por nós. Esse alimento é mais do que necessário para nós, porque sacia a fome de esperança, a fome de verdade, a fome de salvação que todos nós sentimos, não no estômago, mas no coração. A Eucaristia é necessária a todos nós”, disse o Papa, acrescentando: Jesus cuida da maior necessidade: ele nos salva, alimentando a nossa vida com a sua, para sempre. Graças a Ele, podemos viver em comunhão com Deus e entre nós. “O pão vivo e verdadeiro não é, portanto, algo mágico que resolve repentinamente todos os problemas, mas é o próprio Corpo de Cristo, que dá esperança aos pobres e vence a arrogância de quem se empanturra em detrimento deles.” A seguir, Francisco convidou todos a se perguntar: “Tenho fome e sede de salvação, não apenas para mim, mas para todos os meus irmãos e irmãs? Quando recebo a Eucaristia, que é o milagre da misericórdia, sou capaz de me maravilhar com o Corpo do Senhor, que morreu e ressuscitou por nós?” “Rezemos juntos à Virgem Maria para que nos ajude a acolher o dom do céu no sinal do pão”, concluiu o Papa. Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui O que é o Angelus O que é o Angelus? O Angelus é uma oração recitada em recordação do Mistério perene da Encarnação três vezes ao dia: às 6 da manhã, ao meio-dia e às 18 horas, momento em que é tocado o sino do Angelus. O nome Angelus deriva do primeiro verso da oração – Angelus Domini nuntiavit Mariae – que consiste na leitura breve de três simples textos sobre a Encarnação de Jesus Cristo e a recitação de três Ave Marias. Esta oração é recitada pelo Papa na Praça São Pedro ao meio-dia de domingo e nas Solenidades. Antes de recitar o Angelus, o Pontífice também faz uma breve reflexão inspirando-se nas leituras do dia. Seguem as saudações aos peregrinos. Da Páscoa até Pentecostes, ao invés do Angelus, é recitado o Regina Coeli, que é uma oração em recordação da ressurreição de Jesus Cristo, ao final do qual é recitado o Glória três vezes. Últimos Angelus / Regina Coeli Leia tudo > Reze com o Papa Angelus Angelus Dómini nuntiávit Mariæ. Et concépit de Spíritu Sancto. Ave Maria… Ecce ancílla Dómini. Fiat mihi secúndum verbum tuum. Ave Maria… Et Verbum caro factum est. Et habitávit in nobis. Ave Maria… Ora pro nobis, sancta Dei génetrix. Ut digni efficiámur promissiónibus Christi. Orémus. Grátiam tuam, quǽsumus, Dómine, méntibus nostris infunde; ut qui, Ángelo nuntiánte, Christi Fílii tui incarnatiónem cognóvimus, per passiónem eius et crucem, ad resurrectiónis glóriam perducámur. Per eúndem Christum Dóminum nostrum. Amen. Gloria Patri… (ter) Requiem aeternam… Benedictio Apostolica seu Papalis Dominus vobiscum.Et cum spiritu tuo. Sit nomen Benedicat vos omnipotens Deus, Pa ter, et Fi lius, et Spiritus Sanctus. Amen. Angelus V. O Anjo do Senhor anunciou a Maria. R. E Ela concebeu do Espírito Santo. Ave Maria… V. Eis a escrava do Senhor. R. Faça-se em mim segundo a Vossa Palavra. Ave Maria… V. E o Verbo divino encarnou. R. E habitou no meio de nós. Ave Maria… V. Rogai por nós Santa Mãe de Deus. R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Oremos. Infundi, Senhor, como Vos pedimos, a Vossa graça nas nossas almas, para que nós, que pela Anunciação do Anjo conhecemos a Encarnação de Cristo, Vosso Filho, pela sua Paixão e Morte na Cruz, sejamos conduzidos à glória da ressurreição. Por Nosso Senhor Jesus Cristo Vosso Filho que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Amén. Gloria ao Pai… (3 vezes) Dai-lhes Senhor o descanso eterno. E a luz perpétua os ilumine. Descansem em paz. Amém… Bênção Apostólica ou papal O Senhor esteja convosco. Ele está no meio de nós. Seja bendito o nome do Senhor. Agora e sempre. A nossa proteção está no nome do Senhor. Que fez o céu e a terra. Vos abençoe o Deus Onipotente, Pai, e Filho e Espírito Santo. Amém
O Papa no Angelus: a Eucaristia é necessária a todos nós
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