O governo brasileiro condenou um novo ataque aéreo de Israel à infraestrutura civil na Faixa de Gaza. O bombardeio atingiu uma escola em Al-Tabin, deixando dezenas de mortos e feridos, incluindo mulheres e crianças. Segundo a ONU, em um relatório inicial, os ataques de Israel mataram pelo menos 93 palestinos, incluindo onze crianças e seis mulheres. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil expressou profunda solidariedade às famílias das vítimas, ao governo e ao povo do Estado da Palestina. O Brasil reforçou a exigência para que Israel atue com base no princípio de proporcionalidade, previsto no Direito Internacional Humanitário. E que tome medidas necessárias para proteger a população civil nos territórios ocupados. O Itamaraty afirmou que o desrespeito a esse princípio tem sido recorrente nas operações militares israelenses na Faixa de Gaza nos últimos dez meses. Em meio a esforços de negociação de um acordo de cessar-fogo, libertação de reféns e acesso ao auxílio humanitário em Gaza, o Brasil condenou o fato de o governo israelense seguir adotando medidas que levem à escalada do conflito e afastem, ainda mais, os povos da região do alcance da paz. O governo brasileiro conclamou as partes à imediata e plena implementação do plano de cessar-fogo aprovado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. A ONU contabiliza que mais de 90% dos 2,3 milhões habitantes de Gaza foram deslocados desde outubro do ano passado, após o ataque do Hamas contra Israel, que matou 1200 pessoas e deixou 250 reféns, dos quais 100 ainda estão em Gaza. Após os ataques, quase 40 mil palestinos foram mortos por Israel e outras 91 mil pessoas ficaram feridas.
Governo brasileiro condena ataque aéreo de Israel em escola de Gaza
8