O número de atendimentos ambulatoriais no SUS de pacientes com colesterol alto na região de Campinas (SP) cresceu 97,1% em 2024. Dados da Secretaria de Estado da Saúde mostram que foram 138 casos entre janeiro e maio, contra 70 do mesmo período do ano anterior. A taxa da região de Campinas é superior a registrada pelo Estado de São Paulo, que teve alta de 41,1% (827 contra 586) nos primeiros cinco meses do ano. O cardiologista Hugo Pazianotto explica que o colesterol é essencial para o organismo, e que o problema ocorre quando atinge níveis elevados, aumentando o risco de doenças, principalmente as cardiovasculares. “Às vezes há uma imagem que o colesterol é um vilão, mas não é uma verdade. Ele só é um vilão quando está em altos níveis. O colesterol é um molécula de gordura necessária para produção de parede celular e também para ser usado como matéria-prima para alguns tipos de hormônios. Mas se for muito alto, aumenta o risco de doenças do coração”, explica. Pazianotto destaca que o colesterol alto tem fatores hereditários, mas também tem influência do estilo de vida, principalmente em relação à qualidade da alimentação e prática de exercícios físicos. “Hoje a gente é mais sedentário, a gente tem uma mobilidade menor. Tem a questão alimentar, muito alimento processado, industrializado, mas também existe um aumento do diagnóstico”, pondera. Ajuste alimentar e exercícios Para quem enfrenta o problema ou quer evitar o colesterol alto, a recomendação médica passa pelo ajuste alimentar, com redução do consumo de gorduras saturadas, gorduras trans e alimentos ultraprocessados. O cardiologista indica a importância do controle de pesa e a realização de atividade física regular. Em alguns casos, o colesterol alto pode ser revertido também com auxílio de medicação, o que precisa ser acompanhado por um profissional. O controle do colesterol ajuda na diminuição do risco de AVC e infarto. Dia Nacional de Combate ao Colesterol — Foto: Robina Weermeijer/Unsplash VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região
Atendimentos por colesterol alto crescem 97% no SUS na região de Campinas
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