O monitoramento vai ocorrer desde o trecho de Americana (SP) até a foz junto ao Rio Tietê. Segundo o gestor de projetos socioambientais Alexandre Resende, a expedição vai ter início em novembro. Imagens aéreas mostram milhares de peixes mortos no Tanquã após despejo irregular de usina “A ideia é fazer no mínimo quatro expedições, porque é um trecho longo, são 125 quilômetros […]. Nossa ideia é monitorar a qualidade da água do Rio Piracicaba mas na bacia inteira. E esse monitoramento só é eficiente se ele for constante. Então a nossa ideia é descer várias vezes e avaliar mais de 20 pontos”, explicou. Segundo ele, também serão avaliados potenciais poluidores em riachos e outros pequenos rios que entram para a calha do Rio Piracicaba . “A gente vai avaliar todos esses pontos para a gente também conhecer melhor essa logística de acesso a esses pontos porque, mediante algum desastre, se a gente precisa chegar rápido em algum ponto, a gente já vai ter tudo mapeado, com geoprocessamento”. Peixes mortos na APA do Tanquã, em São Pedro — Foto: Jefferson Souza/ EPTV Resende afirmou que já havia ações sendo desenvolvidas antes da tragédia ambiental mas a ideia é unir forças para ser mais eficiente. “Tem várias associações que têm essa intenção. O que a gente está fazendo é reunir o corpo técnico para a gente conseguir executar uma expedição científica, com metodologia, para que a gente consiga, assim, avaliar de forma real e imparcial a qualidade da água do Rio Piracicaba”, completou. O mesmo tipo de monitoramento já havia sido feito pelo grupo no Rio Novo, no Jalapão. Mortandade na APA do Tanquã é a maior registrada, segundo pescadores — Foto: Jefferson Souza/ EPTV Aplicativo para denúncia da população Outra iniciativa em desenvolvimento é a criação de um aplicativo para a população acionar os órgãos públicos em tempo real caso perceba que há algo errado no rio. “É para ajudar o município a ter uma ação mais eficiente, mediante um desastre, ou qualquer acontecimento no rio. Peixes começando a morrer, ou mudança na coloração da água, e a própria população vai poder mandar uma mensagem a uma central e a central vai direcionar para os órgãos fiscalizadores. A nossa ideia é integrar a população, os olhos da população para dentro do rio”, detalhou Resende. Milhares de peixes mortos no Rio Piracicaba — Foto: g1 Entenda a tragédia ambiental Uma força-tarefa foi organizada para remoção dos peixes mortos. VÍDEOS: Tudo sobre Piracicaba e Região
Após mortandade histórica, expedição científica vai realizar monitoramento do Rio Piracicaba
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