Usado principalmente para operações de vigilância e reconhecimento, o Nauru, produzido pela XMobots, consegue de visualizar um objeto de uma altura de 400 pés (121,92 metros) e está sendo usado pelo Ministério da Defesa para ações contra o garimpo ilegal na terra yanomami. O equipamento tem uma autonomia de voo de 60 quilômetros a partir do seu ponto de controle e pode ficar no ar por até 4 horas em sua versão híbrida (combustível + bateria) e 2 horas em sua versão 100% elétrica. Primeiro drone liberado pela Anac para voo noturno no Brasil pode monitorar objetos de uma altura de mais de 120 metros — Foto: XMbots/Divulgação “Hoje os drones que são usados na segurança pública são todos pequenos e você tem que manter o contato visual, o que coloca o policial em risco. Com este tipo de tecnologia você elimina esse risco e consegue monitorar o crime organizado, por exemplo”, afirmou o fundador da empresa, Giovani Amianti. O drone é equipado com câmeras termais e zoom, funcionalidades que podem ser usadas também para monitoramento de incêndios, fiscalização de fronteiras ou para encontrar pessoas desaparecidas em desastres ou fugitivas. Para aprovação dos voos noturnos, o drone passou por diversos testes que simularam condições reais de operação e foi equipado com um sistema de luzes de navegação que transmite informações importantes para outras aeronaves do mesmo espaço aéreo. Nauru é o primeiro drone a obter autorização para voo noturno no Brasil — Foto: XMobots/Divulgação Ações de defesa Desde junho, o equipamento está sendo utilizado pelo Ministério da Defesa em operações contra o garimpo ilegal no rio Mucajaí em terras indígenas de Roraima. “O emprego do Nauru na área yanomami já apresentou resultados interessantes, permitindo flexibilidade para coordenação da operação, economia – já que ele pode ser empregado em substituição a uma aeronave de reconhecimento que tem um custo de hora-voo muito maior. Além disso, as informações obtidas por ele têm sido fundamentais para as ações de repressão dessa atividade ilegal”, afirmou o coordenador geral de inteligência do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), Raimundo Camargos.
Drone desenvolvido no interior de SP é o 1º a receber autorização para voos noturnos e usado no combate ao garimpo ilegal
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