Nos EUA , a candidatura de Kamala Harris cresce entre os jovens

Vídeos de montagens com momentos “inusitados” da vice-presidente Kamala Harris estão bombando na internet. As músicas de fundo? Alguns dos hits da cantora britânica Charli XCX, que lançou no mês passado o álbum “Brat”. Até então, “brat” era uma gíria para criança mimada, cheia de manhas. Mas para a artista, é uma garota meio doidinha, que gosta de festa, que pode dizer algumas coisas bobas às vezes, mas que quer se sentir ela mesma. A definição parece se encaixar em vários dos memes de Kamala Harris, como o originado desse discurso no ano passado: “Minha mãe às vezes nos dava uma bronca e nos dizia: ‘Não sei o que há de errado com vocês, jovens. Vocês acham que caíram de um coqueiro?’ (seguido de gargalhadas). Você existe no contexto de tudo em que você vive e do que veio antes de você”, disse ela. Passagens como essa, antes usadas pelos críticos para debochar da vice-presidente, agora estão sendo usadas pelos mais jovens para defender o voto em Harris. No domingo, após a desistência de Biden, a própria Charli XCX postou: “Kamala é Brat”. A campanha não demorou para adotar nas redes sociais a identidade visual do álbum, com o vibrante verde-limão. Hoje, o presidente Joe Biden deixou a casa de praia no estado de Delaware, onde se recuperava de covid, e retornou à Casa Branca. Aos repórteres, disse que estava bem, mas não respondeu perguntas sobre a campanha. Ele faz um pronunciamento à nação na noite desta quarta-feira. Já Kamala Harris participou de um comício no estado do Wisconsin. Voltou a relembrar a carreira como procuradora, citou a condenação de Donald Trump na justiça e disse que conhece bem o tipo dele. Harris recebeu o apoio de mais democratas de peso, e levantamentos mostram que ela já tem votos suficientes dentro do partido para ser confirmada como candidata. O vice na chapa republicana, J.D. Vance, também segue com força total na campanha. Ontem, em um evento em Ohio, defendeu a exigência de um documento de identidade na hora de votar. Já Donald Trump, em uma entrevista à rede Fox News, exibida na noite de ontem, falou sobre a tentativa de assassinato. Disse que os socorristas queriam colocá-lo numa maca, mas ele recusou. Em outro desdobramento do atentado, a chefe do Serviço Secreto Americano, Kimberly Cheatle, pediu demissão hoje. Em uma audiência ontem no Congresso, ela havia dito que a tentativa de assassinato sofrida por Trump foi a maior falha da agência em décadas. *Com informações da Agência Heuters