De acordo com a denúncia, assinada pelo promotor de Justiça André Perche Lucke e pelo analista jurídico Edmar Silva, o crime ocorreu às 4h do dia 9 de junho deste ano, na Avenida Aristeu Marcicano, no Jardim São Francisco, onde ocorreu uma briga entre Mikael Oliveira Gonçalves da Costa e outro rapaz. Após o desentendimento, Mikael teria se dirigido a um dos investigados e dito que “no Jardim Progresso não tinha ninguém que batia de frente com ele e que era tudo bunda mole”. Conforme as investigações, por causa dessa fala, o rapaz que recebeu a provocação decidiu matar Mikael. E, para isso, resolveu pedir ajuda dos “irmãos” – expressão que identifica os membros do PCC, que são os outros denunciados pelo MP. Mulher suspeita de integrar quadrilha que matou jovem de 20 anos a tiros é presa em Cordeirópolis — Foto: Reprodução/Polícia Civil Eles chegaram em três carros no local e, instantes depois, um deles sacou uma arma e passou a disparar contra Mikael. De acordo com a acusação, após ser atingido, o rapaz ainda tentou fugir, mas foi atingido por mais tiros, de costas. Ele foi socorrido e levado ao hospital da cidade, mas não resistiu. Durante a confusão, um dos suspeitos também deu um golpe com um pedaço de pau na cabeça do irmão de Mikael, que estava no local e conseguiu fugir correndo até o hospital, onde recebeu atendimento. Ele sofreu ferimentos leves. Denunciados por homicídio Todos os sete foram denunciados por homicídio com duas qualificadoras: crime cometido por motivo fútil e de forma que dificultou a defesa da vítima. Além disso, o acusado de dar uma paulada no irmão da vítima de homicídio foi denunciado por lesão corporal. “Vale ressaltar que o motivo do homicídio qualificado praticado pelos denunciados é fútil porque, em razão de um mero desentendimento pretérito, mataram a vítima Mikael, havendo nítida desproporção entre a causa e a conduta. E eles ainda impediram qualquer possibilidade de defesa por parte da vítima, pois Mikael foi alvejado pelas costas, enquanto corria para tentar sair do local dos fatos”, justifica trecho da acusação. Local onde um dos suspeitos de matar jovem de 20 anos após briga de bar foi localizado em Cordeirópolis — Foto: Reprodução/Polícia Civil Funções específicas no crime A denúncia foi recebida pela juíza Juliana Silva Freitas na última sexta-feira (12). Na decisão, ela aponta que cada integrante do grupo teve funções específicas no crime, como organização da atuação, manter uma das vítimas no local e levar o autor dos disparos ao local. Todos estavam presos temporariamente, com exceção de um deles, que está foragido. Na decisão, a magistrada revogou a prisão temporária e decretou a soltura de três acusados que considerou com envolvimento de “gravidade relativa” no crime. Por outro lado, decretou a prisão preventiva dos outros quatro – o que os mantém presos -, incluindo o autor dos disparos. “O crime imputado aos acusados é hediondo, doloso e punido, em abstrato, com pena privativa de liberdade máxima superior a quatro anos e foi em tese praticado com emprego de arma de fogo, o que, por si só, já revela a gravidade”, afirmou a juíza. VÍDEOS: Tudo sobre Piracicaba e região
MP denuncia sete acusados de ligação com morte de rapaz de 20 anos após briga em Cordeirópolis
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