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A Fé de Jesus Cristo e a Mística de Suas Aparições

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A Revelação de Deus, Uno e Trino, ocorre, desde o pecado das origens, através da Pessoa de Jesus Cristo (Vida, Palavra, Verbo Eterno do Pai, Redentor, Único Salvador, Verdadeiro Deus + Verdadeiro Homem = duas Naturezas, em uma só Pessoa). Diác. Adelino Barcellos Filho – Diocese de Campos/RJ. “Todo aquele que o Pai me dá virá a mim; esta é a Vontade daquele que me enviou: que eu não deixe perecer nenhum daqueles que me deu, mas que os ressuscite no último dia” (João 6). É possível perceber a notória importância da Fé de Jesus Cristo e Seu desejo de Ser, em mim e em você, no trato com o Pai; por isso, cabe o desejo, o anseio de suplicar esta mesma Fé em nossa Vida, em nossa existência,  trata-se da maneira mais perfeita do cumprimento da Santíssima Vontade: “Em verdade, em verdade vos digo: o Filho de si mesmo não pode fazer coisa alguma; ele só faz o que vê fazer o Pai; e tudo o que o Pai faz, o faz também semelhante­mente o Filho” (João 5). “Ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar” (Mateus, 11). Na Audiência Geral do dia 24 de abril de 2024, o Papa Francisco afirma que, “no caminho rumo à plenitude da vida, que pertence ao destino de cada pessoa, o cristão goza de uma assistência particular do Espírito de Jesus Cristo”. Assim sendo, a simplicidade (humildade) do nosso Mestre e Senhor deve permear também toda a nossa Vida, para que não corramos o risco, da autossuficiência, arrogância, presunção e petulância, na maioria das vezes enxergados, nos outros e nós deixamos de olhar para nós mesmos, numa auto análise ou revisão de consciência. No Ciclo de Catequeses sobre “Os Vícios e as Virtudes”, o Santo Padre adverte que, “O coração do homem pode ceder às más paixões, pode dar ouvidos a tentações nocivas disfarçadas sob vestes convincentes, mas também pode opor-se a tudo isto. Por mais difícil que seja, o ser humano foi feito para o Bem, que o realiza verdadeiramente, e pode também praticar esta Arte, fazendo com que certas disposições se tornem permanentes nele ou nela”. A minha e a sua condição de pecador, não nos dá o direito de pecar: “Vai e não tornes a pecar” (João 8); por mais que rondem as tentações e “fogos passionais”. “Eu prefiro o Paraíso” (Felipe Neri). Durante algumas décadas, uma das Palavras das Sagradas Escrituras, que muito me incomoda, inquieta e desafia sempre é a seguinte: “aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas, porque vou para junto do Pai”. Como assim, tantas vezes nos encontramos fracos, fragilizados e débeis, ou seja, como cultivar, em si mesmo, a Fé sobrenatural de Jesus Cristo, evitar ou fugir da Fé “carnal”, fazer as obras que Jesus Cristo faz é abrir possibilidades de fazer obras maiores, somente pela Força e Poder de Sua Ressurreição e Ascensão, que Ele espera de mim e de você uma total adesão e Comunhão ao Seu “Projeto” do Reino de Deus, que é Ele mesmo. Quanto à Fé “carnal”, Ele nos revelou no Horto das Oliveiras, “Meu Pai, se é possível, afaste de mim este cálice! Todavia, não se faça o que eu quero, mas sim o que tu queres” (Mateus 26), “afasta esse sofrimento, afasta essa dor, eu não mereço, não tenho condição de suportar, porque o Senhor faz isso comigo?”(fé carnal); a resposta da Fé sobrenatural (fé espiritual) é,  “por Cristo, com Cristo e em Cristo, sou capaz de fazer o que desejas, em Seu Plano de Amor, para minha Vida e minha Vocação”. O iluminado Padre Zezinho, em uma Canção, colabora conosco neste entendimento: “Amar como Jesus Amou; Sonhar como Jesus sonhou; Pensar como Jesus pensou; Viver como Jesus viveu; Sentir o que Jesus sentia; Sorrir como Jesus sorria; E ao chegar ao fim do dia, Eu sei que eu dormiria muito mais feliz”. Ser Feliz não depende dos dias maus ou bons, a Dinâmica da Vida Trinitária, em mim e em você, é Feliz, porque a Trindade é Feliz. Quando o Evangelho de Lucas (17, 5) relata o pedido dos Apóstolos, “Aumenta a nossa fé!” É uma motivação para crescermos na Espiritualidade verdadeiramente Cristã, suplicando ao Senhor: “Aumentai em mim, Senhor Jesus, a Vossa Fé, para que eu possa corresponder dia após dia, qual seja a Santíssima Vontade do Pai”; é uma Graça do reconhecimento da presença continuada de Deus, Uno e Trino, e a possibilidade de crescer na intimidade com Ele, multiplicando os dons e os talentos, por Ele concedidos, na Coragem, no Amor, na Esperança. É interessante observar que, Jesus não responde de forma direta à Oração dos Discípulos, usa do recurso da Parábola (mensagem indireta, por meio de comparação ou analogia = semelhança entre coisas ou fatos distintos) para retratar a capacidade de viver, de se desenvolver, força vital, vigor da FÈ. Quem afirmou que é “o Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”(João 14, 6)?  Pela Sua Revelação, «Deus invisível, na riqueza do seu Amor, fala aos homens como amigos e convive com eles, para os convidar e admitir à Comunhão com Ele» (Dei Verbum, 2: AAS 58 (1966) 818). A resposta adequada a este convite é a Fé do próprio Jesus Cristo. “Pela Fé, o homem submete completamente a Deus a inteligência e a vontade; com todo o seu ser, o homem dá assentimento (concordância, anuência) a Deus revelador” (Dei Verbum, 5: AAS 58 (1966) 819). A Sagrada Escritura chama «obediência da Fé» a esta resposta do homem a Deus Revelador (Romanos 1, 5; 16, 26). A Dinâmica Trinitária na Alma Humana, iniciada no Sagrado Batismo é norteadora de toda a Vida Cristã e exige por Si e em Si mesma, a necessidade de entrarmos em um processo sempre dinâmico, pessoal e comunitário, de cuidado, de sinodalidade (caminhar unidos, em só Coração, numa só Alma). O marco histórico e espiritual ocasionado pela Ressurreição de Jesus Cristo, não se restringe ao fato do túmulo vazio, mas à Sua Presença Santíssima do Seu Corpo Ressuscitado, que atravessa paredes, desde a primeira aparição, foi feita a experiência mística, da Mãe de Jesus e dos Apóstolos, apoiada nas virtudes da Fé, Esperança e da Caridade (unida à doação da própria vida, que produz solidariedade). É depois da Ressurreição que a Filiação Divina de Jesus aparece no Poder da Sua humanidade glorificada: “segundo o Espírito de Santidade, foi estabelecido Filho de Deus, no Poder, por Sua Ressurreição dos mortos”(Romanos 1). Na Constituição Apostólica Lumen Gentium, Concílio Vaticano II,  sobre a Igreja, Corpo Místico de Cristo (Ele é a Cabeça e nós os membros), em seu parágrafo 7, “O Filho de Deus, vencendo, na natureza humana a Si unida, a morte, com a Sua morte e ressurreição, remiu o homem e transformou-o em Nova Criatura (cf. Gálatas, 6; II Coríntios, 5). Pois, comunicando o Seu Espírito, fez misteriosamente de todos, os Seus irmãos, chamados de entre todos os povos, como sendo o Seu Corpo.   É nesse Corpo que a vida de Cristo se difunde nos que creem (fazem adesão incondicional), unidos de modo misterioso (revelado) e real, por meio dos Sacramentos, a Cristo padecente e glorioso”(Cf. São Tomás, Summa Theol. III, q. 62, a. 5, ad 1). Sobretudo, naqueles Sacramentos considerados de Iniciação Cristã (Batismo, Eucaristia, Confirmação ou Crisma), na Vida da Igreja, no fazer teológico. Estar atentos que a Fé de Jesus Cristo, em nós, precisa ser Trinitária, na vivência litúrgica, na convivência cristã, na sinodalidade (Espírito de Unidade do Povo Cristão, Caminhar Unido). Até o dia, em que seremos reconduzidos, com todo o universo, com o auxílio da Virgem Maria,  dos Santos Anjos de todos os Santos, de toda a criação; na Eterna Doxologia, enxertados no Coração Eucarístico (Presença Viva, Corpo, Sangue, Alma e Divindade, como prometeu “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo”(Mateus 28), “por Cristo, com Cristo e em Cristo” devotarmos “a Deus Pai todo-poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda honra e toda a glória, agora e para sempre“. Pelos séculos dos séculos sem fim. Assim seja. Diácono da Igreja Católica Apostólica Romana (Ordenado com vistas à Ordenação Sacerdotal). Pós-graduado em Gerenciamento Socioambiental Costeiro – COPPE/UFRJ. Especialista em Educ. Profissional e EJA (Educação de Jovens e Adultos, Catecumenato) IFF/RJ. Teologia – ISTARJ (Instituto Superior de Teologia da Arquidiocese do Rio de Janeiro). Licenciatura Plena em Filosofia – PUC/MG. Professor na Formação Pedagógica de Educadores; Formação Humana e Profissional de mais de 500 dentistas, na FOC – Faculdade de Odontologia de Campos/RJ; Coordenação e Docência em dois Institutos Federais (IFRJ e IFF). Atualização de estudos teológicos – ETRM/RJ (Escola Teológica Redemptoris Mater). Convalidação Teológica iniciada no Centro Educacional Claretiano (com TCC defendido). Atualmente provisionado por Sua Exa. Reverendíssima Dom Roberto Francisco Ferrería Paz – Bispo da Diocese de Campos/RJ, na Paróquia São Tomé. Experiência na área de Teologia e Filosofia, Ambiente e Educação. Participações em bancas de TCC (mais de 60): Pós Graduações e Ensino Médio.  Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui

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