Lar Cidades Projeto da Unesp orienta sobre gerenciar dinheiro, dívidas e até aposentadoria com oficinas e jogo

Projeto da Unesp orienta sobre gerenciar dinheiro, dívidas e até aposentadoria com oficinas e jogo

por admin
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Oficinas gratuitas e atividades práticas são desenvolvidas em parceria com o Centro de Pesquisa da Infância e da Adolescência Dante Moreira Leite (Cenpe), unidade auxiliar da Unesp. “Esse projeto proporciona a troca de experiências e discute temas financeiros que contribuam com os pais e responsáveis no processo de socialização financeira junto às crianças e adolescentes. Nesse sentido, nós damos orientações e dicas de como falar de dinheiro da maneira mais adequada possível com as crianças sem aquele peso todo”, explicou Érika Capelato, professora da FCL e coordenadora dos projetos de Educação Financeira da Unidade. A atividades começaram no último dia 6 de junho e seguirão por todas as quintas-feiras do mês, sempre às 14h30. Elas duram cerca de 1 hora e meia. No segundo semestre o projeto vai continuar. O projeto é financiado pela Pró-Reitoria de Extensão Universitária e Cultura (Proec) da Unesp, e aberto à comunidade. Para participar, os interessados devem ir pessoalmente ao Cenpe, que fica no campus da Unesp, na rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-255), no Campos Ville. A participação é por ordem de chegada. Atividades Projetos da Unesp levam educação financeira para a comunidade — Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil Uma das iniciativas é o “Laboratório de Socialização Financeira” para os familiares das crianças que são atendidas no Centro, com temas relacionados a orçamento de casa, investimentos, planejamento de aposentadoria, entre outros. A coordenadora comentou que muitas demandas passadas pelos próprios participantes são trabalhadas. “A partir das aflições e problemas identificados, criamos conteúdos e oficinas específicas para auxiliá-los”, disse. As atividades contam com material com orientações e um livro para colorir com 20 figuras, onde cada uma representa uma dica a ser aplicada dentro de casa. Quando os familiares conseguem executá-la, pintam o desenho. “É como se fosse uma missão cumprida. A ideia é que os pais interajam com os filhos dentro do contexto de vida de cada um”, completou a docente. Jogos lúdicos Um jogo de tabuleiro foi desenvolvido por Érika e seus alunos para facilitar alguns conceitos sobre educação financeira. O jogo é voltado para estudantes do ensino médio da escola Estadual Maria Isabel Rodrigues Orso e se propõe a incentivar o aprendizado sobre finanças pessoais desde cedo. Com um formato didático e interativo, permite que os jovens compreendam conceitos importantes como orçamento, poupança e investimentos a partir de problemas do dia a dia apresentados no game, que teve seu desenvolvimento apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). “É um jogo de perguntas e respostas. Cada grupo que acerta uma questão, avança no caminho do tabuleiro. Eles gostam desses desafios, da competição e de interagir. Ao todo, são 35 perguntas e, a cada tema abordado nelas, aproveitamos para explicar os principais pontos de determinado assunto. Em breve, o jogo será publicado em um e-book pelo Programa de Publicações Digitais da Pró-Reitoria de Pós-Graduação (Propg) da Unesp. Matemática na prática A iniciativa tem agradado os professores da Escola Maria Isabel: “O projeto está sendo muito importante para os alunos. Muitos deles relatam a desorganização financeira familiar e fizeram várias colocações sobre os temas abordados. Os games foram fundamentais para que houvesse uma compreensão sobre as questões da formação básica financeira dos alunos”, comenta Elias Campos da Silva, professor da Escola Estadual parceira da FCL. O ensino de conceitos de Educação Financeira também pode contribuir diretamente para o aprendizado de matemática, disciplina na qual os jovens apresentam dificuldades. Projetos da Unesp levam educação financeira para a comunidade no interior de SP — Foto: Érika Capelato e Mariana Spagnol/FCL/Unesp Segundo o último levantamento do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA, da sigla em inglês), que é o maior estudo sobre educação no mundo, sendo realizado a cada 3 anos, 73% dos estudantes brasileiros de até 15 anos não alcançaram o desempenho mínimo em matemática. Os números colocaram o Brasil entre os 17 países com pior avaliação, entre as 81 nações presentes no levantamento. Ao todo, 10.798 estudantes de 599 escolas brasileiras participaram do estudo, que foi aplicado em 2022 e teve seus resultados divulgados no final do ano passado. Formando educadores financeiros O projeto também se propõe a capacitar professores da rede pública estadual na abordagem através da oficina “Educação financeira com recursos educacionais digitais – possibilidades e desafios”. Nela, os professores têm acesso a recomendações sobre aplicativos de interesse, tutoriais e materiais didáticos sobre diversos assuntos, como educação para o consumo, planejamento financeiro; moeda, documentos e formas de realizar um pagamento; investimentos e impostos, entre outros. Além disso, documentos e diretrizes disponíveis na Estratégia Nacional de Educação Financeira norteiam a oficina. No segundo semestre, um livro contendo oito propostas de atividades para os professores aplicarem em sala de aula mais o jogo desenvolvido para os estudantes será lançado pelo Propg da Unesp. Consciência econômica Projetos da Unesp levam educação financeira para a comunidade de Araraquara (SP) — Foto: Érika Capelato e Mariana Spagnol/FCL/Unesp Atividades para jovens e adultos estudantes do EJA, em Araraquara, também são oferecidas, com oficinas para letramento financeiro e construção de materiais didáticos. O principal objetivo do projeto é fornecer a pessoas a pessoas de todas as origens socioeconômicas o conhecimento necessário para gerenciar suas finanças, e contribuir para a redução das disparidades econômicas e oferecer a todos a oportunidade de melhorar suas condições de vida. “A educação financeira que nós ensinamos não é aquela do utilitarismo, que vai transformar um jovem em um milionário ou numa pessoa investidora, não é isso. É aquela educação financeira que forma um cidadão, que dá condições para ele ser crítico no que está consumindo, nas propagandas que está assistindo, para que ele tenha consciência dos riscos de fazer um investimento, das diferenças salariais entre profissões e entre gênero”, disse Érika. VEJA TAMBÉM: ‘Conta Certa’ dá dicas de como refinanciar dívidas VÍDEOS DA EPTV:

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