Já foram confirmados 108.044 casos da doença entre moradores, com 37 óbitos, o que faz a epidemia de 2024 a pior da história. A maior parcela das ocorrências foi notificada por unidades de saúde da metrópole, em especial da rede municipal, como a UPA Campo Grande e os hospitais Mário Gatti e Ouro Verde. Veja os 10 mais: UPA Campo Grande – 6.316Hospital Mário Gatti – 5.232Hospital Ouro Verde – 4.811UPA São José – 3.936Hospital Celso Pierro (PUC-Campinas) – 3.820Confiance Medicina Diagnóstica – 3.538Beneficência Portuguesa – 3.504UPA Carlos Lourenço – 3.365Centro Médico de Campinas – 2.349UPA Anchieta Metropolitano – 2.153 De acordo com o Departamento de Vigilância eme Saúde (Devisa), a dengue é uma doença de notificação compulsória, e cada unidade deve comunicar à Vigilância quando há caso positivo da doença. Decreto de emergência A Prefeitura de Campinas (SP) revogou o decreto de emergência por dengue. Na prática, isso muda duas situações: reestabelece processos administrativos, ou seja, elimina a celeridade nas compras de insumos retoma repases financeiros e atividades de rotina 🦟Por que revogar? Segundo Andrea von Zuben, diretora do Devisa, o monitoramento semanal de novos casos de dengue aponta uma queda de registros em junho. A redução foi causada pela chegada de temperaturas mais frias, completou a diretora. O registro de novos casos aumentou constantemente do início do ano até atingir o pico nas semanas 15 e 16 do ano, em abril. Depois, houve um momento de estabilidade e, na sequência, queda. Von Zuben afirma que, ainda que haja calor, a temperatura mais amena no início e no fim dos dias reduziu a circulação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença. “Nos momentos de maior atividade do mosquito, que é na manhã e no final de tarde, está friozinho, mudando a dinâmica de transmissão”. Campinas encerra decreto de emergência contra dengue Mudança climática: vilã da epidemia Von Zuben defende que as mudanças climáticas, especialmente pelo aumento do calor, e a introdução de três sorotipos que circulam na cidade explicam o crescimento de casos neste ano. “Campinas especialmente é bastante quente e, além disso, a gente teve a introdução de três sorotipos, que a gente nunca tinha vivido”, afirmou. Segundo ela, os diferentes sorotipos permitem que o mesmo morador possa ser infectado até três vezes. Uso de inteligência artificial Segundo balanço da Secretaria de Saúde, no período foram enviadas 112.563 mensagens via WhatsApp para moradores que tiveram a doença confirmada ou possuem suspeita de dengue, atendidos tanto nos postos de saúde como nas UPAs ou hospitais Mário Gatti e Ouro Verde. Pelo ChatBot, a assistente virtual Ana identifica se o paciente, entre o segundo e oitavo dia de sintomas, apresenta algum sinal que mostre a necessidade de retorno ao sistema de saúde. A primeira se o paciente consegue se hidratar conforme a orientação em atendimento;A segunda sobre possíveis sinais de alerta, como tontura, dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, sangramentos, irritabilidade, nervosismo ou fraqueza. Dos 38.676 usuários que responderam à IA, 13.784 (35,6%) foram orientados a retornar ao serviço de saúde. De acordo com a pasta, 11.470 pessoas relataram sinais de alerta e 1.218 apontaram falta de hidratação adequada. Em 1.096 casos, os moradores indicaram a presença dos dois sintomas. Sistema de mensagem por inteligência artificial monitora e orienta pacientes com sintomas de dengue em Campinas (SP) — Foto: Rogério Capela/Prefeitura de Campinas “Tenho certeza de que, com a popularização do recurso, os números serão ainda mais expressivos, mas é inegável a importância do chatbot ao vermos que quase 40 mil pessoas interagiram e foram assistidas corretamente”, destacou, em nota, o secretário de Saúde, Lair Zambon, na semana passada. O número usado pelo Chatbot é o (19) 9-9604-3012, identificado como “assistente virtual ANA – Acesso Fácil – Saúde Campinas”. ⚠️ Sinais de alarme para o agravamento A Secretaria de Saúde recomenda aos moradores que, caso apresentem febre, procurem centros de saúde “imediatamente para diagnóstico clínico” e não banalizem os sintomas ou façam automedicação. Embora a dengue não tenha um medicamento específico, há uma série de medidas clínicas que podem evitar o agramento e óbito, se feitas a tempo. Por isso, é preciso ficar atento aos sinais de alarme. São eles: Dor abdominalMuitos vômitosAlgum sinal de sangramento (gengiva, por exemplo)Menstruação em maior volume, no caso das mulheresSensação de desmaio Segundo Andrea Von Zuben, o agravamento da dengue, diferente de outras doenças, acontece depois que a febre começa a diminuir. Sendo assim, caso apresente algum sinal, o paciente deve procurar uma unidade de saúde. “Quem estiver com suspeita ou dengue confirmada e apresentar sinais de tontura, dor abdominal muito forte, vômitos repetidos, suor frio ou sangramentos deve buscar o quanto antes por auxílio em pronto-socorro ou em UPA”, orienta. De acordo com Andrea, um ponto que faz a pessoa com dengue ter um desfecho favorável é conseguir beber a quantidade de líquido prescrita, que são 60 ml por quilo de peso, “Isso é em qualquer líquido e um terço disso em sais de hidratação oral”, alertou. A Secretaria de Saúde recomenda aos moradores que, caso apresentem febre, procurem centros de saúde “imediatamente para diagnóstico clínico” e não banalizem os sintomas ou façam automedicação. 🔻Orientações à população Como saber se você está com dengue e se é grave 🌡️ A dengue causa febre alta e repentina, dores no corpo, manchas vermelhas na pele, vômito e diarreia, resultando em desidratação. 🚨 Ao apresentar estes sintomas, o morador deve procurar uma das unidades de saúde da cidade para atendimento médico, segundo a Secretaria de Saúde. 🏥 A orientação da Secretaria de Saúde para pacientes com sintomas da dengue é a busca pelos centros de saúde. Os endereços e horários de atendimento estão disponíveis no site da pasta. Veja algumas das medidas de prevenção: Utilize telas de proteção com buracos de, no máximo, 1,5 milímetros nas janelas de casa;Deixe as portas e janelas fechadas, principalmente nos períodos do nascer e do pôr do sol;Mantenha o terreno limpo e livre de materiais ou entulhos que possam ser criadouros;Tampe os tonéis e caixas d’água;Mantenha as calhas limpas;Deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo;Mantenha lixeiras bem tampadas;Deixe ralos limpos e com aplicação de tela;Limpe semanalmente ou preencha pratos de vasos de plantas com areia;Limpe com escova ou bucha os potes de água para animais;Limpe todos os acessórios de decoração que ficam fora de casa e evite o acúmulo de água em pneus e calhas;Coloque repelentes elétricos próximos às janelas (o uso é contraindicado para pessoas alérgicas);Velas ou difusores de essência de citronela também podem ser usados;Evite produtos de higiene com perfume porque podem atrair insetos;Retire água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa. Larva do mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue e da chikungunya — Foto: Rogério Capela/Divulgação VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região
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