São Paulo Após lançar “Serenata da GG”, álbum de pagode, Gloria Groove recebeu uma chuva de elogios e milhares de streamings nas diferentes plataformas de áudio e vídeo. Mas, também teve que enfrentar as críticas à sua entrada no gênero, que não é tradicionalmente representativo entre a comunidade LGBTQIA+. Internautas acusaram a drag queen de querer somente alcançar o público heterossexual. “É claro que as gays pagodeiras existem”, disse Gloria, ao ser perguntada sobre as críticas, em papo com a imprensa. A drag queen ainda disse que gosta de quebrar paradigmas e gerar discussões com sua música: “Fico muito feliz de ver que consigo quebrar preconceitos, debater pautas, e facilitar a existência do outro, como ver relatos de que um pai homofóbico mudou por minha causa”. Gloria ainda citou Ludmilla, que é mulher lésbica, cantora de pagode e mobiliza diversos casais LGBTQIA+ para seus shows, como inspiração: “A Lud fez muito isso com o ‘Numanice’, de dar a liberdade de curtir o gênero sendo você mesmo, e até levar sua namorada”. A cantora também lembrou que cresceu em família de sambistas (sua mãe, Gina Garcia, foi backing vocal do grupo ‘Raça Negra’ por quase 30 anos) e que a entrada no pagode é, na verdade, um resgate de suas origens. ” Queria retomar a minha essência. Retomar o Danielzinho do Raul Gil”, disse ela, que já participou do programa de calouros do apresentador, aos 11 anos. A primeira parte do álbum “Serenata da GG” tem participações especiais de Ferrugem, Alcione, Thiago Pantaleão, Belo e sua mãe, Gina Garcia, enquanto o segundo volume, que será lançado em breve, contará com Thiaguinho, Mumuzinho, Menos é Mais, Sampa Crew e Ana Carolina. Gravada no Rio de Janeiro, a coletânea traz músicas inéditas, covers e regravações de canções de Gloria em versões de pagode.
‘É claro que as gays pagodeiras existem’, diz Gloria Groove sobre críticas a novo álbum
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