Eleitores nas 27 nações que fazem parte da União Europeia foram às urnas ao longo dos últimos quatro dias escolher os representantes de seus países no Parlamento Europeu. O Partido Popular Europeu, de centro-direita, não só permaneceu o mais votado, como cresceu em número de assentos. E a coligação formada por ele com partidos de centro e centro-esquerda, manteve a maioria na casa. Hoje ocupam 417 cadeiras, do total de 705, e projeções indicam que devem conquistar 407 assentos no parlamento que foi expandido para 720 vagas. O novo parlamento toma posse em 16 de julho. Dois dias depois, os eurodeputados já vão exercer uma das suas principais atribuições, a escolha da presidência da Comissão Europeia, o braço executivo do bloco, cargo atualmente ocupado pela alemã Ursula von der Leyen. Em um evento nesta segunda-feira (10), ela disse que vai buscar renovar a aliança com sociais-democratas e liberais para se manter no poder. Em alguns países, legendas de extrema-direita obtiveram resultados expressivos. Na Itália, o partido ultraconservador, da primeira-ministra Giorgia Meloni, ficou em primeiro lugar, com cerca de 28% dos votos. Já o Alternativa para a Alemanha, designado como grupo suspeito de extremismo pelas autoridades alemãs, deve ficar em segundo lugar à frente dos sociais democratas do já enfraquecido chanceler Olaf Scholz. Mas foi na França que o resultado da eleição europeia provocou a maior reviravolta. O partido da ultranacionalista Marine Le Pen obteve cerca de 32% dos votos, mais que o dobro dos 15% do partido do presidente Emmanuel Macron. Diante do resultado, Macron dissolveu a Assembleia Nacional e antecipou eleições parlamentares internas para o próximo dia 30. “A ascensão dos nacionalistas, dos demagogos, é um perigo para a nossa nação, mas também para a nossa Europa, para o lugar da França na Europa e no mundo”, disse ele. Ao comemorar o resultado e o anúncio de Macron, Marine Le Pen disse que está pronta para governar.
Direita avança no Parlamento Europeu
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