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Partidos do centro devem manter controle do Parlamento Europeu mesmo com avanço da ultradireita, indicam projeções

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A soma dos blocos formados por conservadores, liberais e social-democratas seguirá com a maioria no Parlamento Europeu após a votação para escolher 720 novos eurodeputados, ainda de acordo com as projeções da instituição divulgadas neste domingo (9). Os resultados oficiais ainda não foram divulgados. No geral, em toda a União Europeia, dois grupos dominantes e pró-europeus (os Democratas-Cristãos e os Socialistas) continuam a ser as forças dominantes. O avanço da ultradireita ocorreu às custas dos Verdes, que devem perder cerca de 20 assentos e cair para a sexta posição. Durante décadas, a União Europeia confinou a ultradireita às margens políticas. Com a sua forte atuação nestas eleições, ela poderá agora se tornar parte importante em questões como migração, segurança e clima. O Partido Popular Europeu (PPE, direita) continuaria como a principal força política, com 181 assentos; os social-democratas alcançariam 135 e os liberais do Renew teriam 82. Juntos, eles formariam um grande bloco de 389 cadeiras. Esperava-se que os partidos de ultradireita ganhassem mais poder em um contexto de aumento do custo de vida e do descontentamento dos agricultores. As guerras em Gaza e na Ucrânia são também temas-chave para eleitores. Como foi a eleição em cada país? Na França, o presidente Emanuel Macron anunciou a convocação de eleições legislativas antecipadas. O partido dele sofreu uma pesada derrota para o partido de ultradireita liderado por Marine Le Pen;Na Alemanha, projeções indicam que o apoio aos sociais-democratas de centro-esquerda de Olaf Scholz caiu para 14%, atrás da Alternativa para a Alemanha, de ultradireita, que subiu para o segundo lugar;Os partidos de esquerda e ecologistas avançaram com força nas eleições dos países nórdicos. Na Finlândia, Suécia e Dinamarca, a ultradireita retrocedeu, de acordo com projeções;Na Bélgica, o maior partido de ultradireita obteve resultados piores do que o esperado nas eleições nacionais e regionais que coincidiram com as eleições europeias;O Partido Popular (PP), da centro-direita da Espanha, saiu vencedor, conquistando 22 assentos dos 61 atribuídos ao país e desferindo um golpe no governo liderado pelos socialistas do primeiro-ministro Pedro Sánchez;Em Portugal, a oposição socialista venceu com estreita vantagem contra a coalizão governamental de direita moderada. O partido de ultradireita Chega ficou em terceiro lugar;Ainda segundo projeções, o partido de ultradireita, da primeira-ministra Giorgia Meloni, obteve a maior percentagem de votos na Itália;Na Holanda, o Partido Trabalhista social-democrata e a Esquerda Verde conquistaram o maior número de assentos, com oito – um a menos do que no último parlamento. Como é a eleição na União Europeia? A eleição para o Parlamento Europeu é a segunda maior votação do mundo, atrás das eleições gerais da Índia. Cada nação elege os respectivos eurodeputados: a Alemanha é quem tem mais cadeiras, 96; Malta e Luxemburgo são os menores, com seis. Há cerca de 450 milhões de pessoas que moram nos países da União Europeia;Em apenas quatro dos 27 países o voto é obrigatório: Bélgica, Bulgária, Luxemburgo e Grécia. Nos demais, é facultativo;São eleitos 720 membros do Parlamento Europeu;Há locais de votação desde o Círculo Ártico até as fronteiras com a África e a Ásia. Há votação, por exemplo, no consulado de Portugal em São Paulo. Durante muito tempo, o Parlamento Europeu foi ocupado por dois tipos de políticos: veteranos em seus países e pessoas que estavam em início de carreira. Isso começou a mudar com as responsabilidades que a União Europeia começou a acumular, como decidir as regras bancárias e de agricultura dos países do bloco, além do orçamento da União Europeia. Os eleitores também passaram a se interessar mais: em 2019, presença foi de 50,66% considerada um sucesso. Neste ano, espera-se que mais de 60% das pessoas votem.

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