Atuação de Marco Pigossi e Vanessa Giácomo rouba a cena em ‘A Regra do Jogo’

Depois de tentar ganhar audiência meio no grito, com cenas em que a maioria dos atores mais vociferava do que falava o texto em cenas muito violentas, “A Regra do Jogo” parece que acertou o passo. Com papéis extremamente importantes para a trama, Marco Pigossi (Dante) e Vanessa Giácomo (Tóia) tem dado show de interpretação nos últimos capítulos. Pigossi, desde que Dante descobriu que o pai Romero (Alexandre Nero) fazia parte da ‘facçaõ’ até o capítulo deste sábado (6), em que ficou cara a cara com ele na cadeia para tentar descobrir alguma informação e entender um pouco o porque de tanto ‘maucaratismo’ —veio num crescendo de emoção e intensidade brilhantes. O talento de Pigossi não é exaiamente uma revelação nesta novela. Desde sua estourou para o Brasil inteiro com o seu Cássio de “Caras & Bocas” (Globo – 2009). Recentemente, esteve impecável nos palcos vivendo Ricky Roma na peça “O Sucesso A Qualquer Preço” —personagem imortalizado no cinema por Al Pacino em 1992 (“Glengarry Glen Ross”). Giácomo já mostrou a que veio desde que teve a difícil tarefa de viver a Zuca, protagonista do remake de “Cabocla” (Globo – 2004), personagem que já tinha sido realizado por ninguém menos do que a atriz Gloria Pires em 1979. Depois, entre tantos outros trabalhos, se destacou com a sua vilã Aline em “Amor à Vida” (Globo – 2013). Em “A Regra do Jogo” está se superando, especialmente desde que descobriu toda a maldade de Romero (Nero) e, casada com ele, teve que disfarçar que estava tudo bem até desmascará-lo num desabafo. No capítulo deste sábado, Tóia (Vanessa) também ficou cara a cara com Romero. E não baixou o tom nem os olhos para o valente bandidão. Mais interpretação intensa do que aquela gritaria interminável, com destaque para o trabalho louvável de Marco Pigossi e Vanessa Giácomo, está tornando a novela das nove da Globo num ótimo entretenimento. Renato Kramer Natural de Porto Alegre, Renato Kramer formou-se em Estudos Sociais pela PUC/RS. Começou a fazer teatro ainda no sul. Em São Paulo, formou-se como ator na Escola de Arte Dramática (USP). Escreveu, dirigiu e atuou em diversos espetáculos teatrais. Já assinou a coluna “Antena”, na “Contigo!”, e fez críticas teatrais para o “Jornal da Tarde” e para a rádio Eldorado AM. Na Folha, colaborou com a “Ilustrada” antes de se tornar colunista do site “F5”