Francisco guarda no coração sobretudo “a cena do louco com a pedrinha, que dá sentido à vida” da protagonista. O Pontífice revela em uma mensagem em vídeo que o diálogo mostra que tudo na vida tem importância e significado, desde uma pedrinha até as estrelas, criados pelo “Pai Todo-Poderoso”, que “sabe tudo”. “La Strada”, um clássico dirigido por Federico Fellini, será objeto de estudo a partir desta quinta-feira (2) no Festival de Cinema da cidade italiana de Rimini. Ouça a reportagem com a voz do Papa e compartilhe Andressa Collet – Vatican News Um clássico do cinema italiano, do diretor e roteirista Federico Fellini (1920-1993), despertou o interesse e o gosto inclusive do Papa Francisco: “La strada” (no cinema brasileiro como “A estrada da vida”), vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 1957, está completando 70 anos e a comemoração começa nesta quinta-feira (2), durante a sexta edição do Festival de Cinema da cidade italiana de Rimini, na Itália, que aprofunda a origem e a criação de importantes filmes e produções audiovisuais. O Pontífice já citou muitas vezes a obra, como em entrevista concedida a Dario Viganò, quando disse que “La strada” foi o filme que “talvez ele tenha mais amado”: “eu me identifico com o filme, no qual há uma referência implícita a São Francisco”. Nesta quinta-feira (2), uma breve mensagem em vídeo do Papa, produzida pelo jornal vaticano L’Osservatore Romano, abriu os dias de estudo para celebrar o aniversário de 70 anos do filme “La strada”. Lançado em 1954, a obra-prima do cinema italiano conta a história de Gelsomina, interpretada por Giulietta Masina, uma jovem ingênua vendida por sua mãe para trabalhar como assistente de Zampanò (Anthony Quinn), um artista ambulante rude e violento. O filme retrata a jornada de desafios da garota, que eventualmente se encontra com um carismático equilibrista e violinista, o Bobo (Richard Basehart), como recorda Francisco na mensagem em vídeo: “Quando menino, assisti a muitos filmes de Fellini, mas ‘La strada’ ficou no meu coração. Esse filme começa com as lágrimas e termina com as lágrimas; começa à beira-mar e termina à beira-mar. Mas, acima de tudo, ficou no meu coração a cena do louco com a pedrinha, que dá o sentido da vida àquela garota. Estou feliz que esta comemoração esteja sendo realizada. Obrigado.” Francisco se refere à cena de um diálogo, quando Bobo explica a Gelsomina que tudo na vida tem importância e significado, desde uma pedrinha até as estrelas, porque “o Pai Todo-Poderoso”, insiste o equilibrista na conversa, “sabe tudo: quando você nasce, quando você morre”. “Fellini soube dar uma luz sem precedentes ao olhar sobre os últimos”, contou ainda o Papa à entrevista a Viganò, citando a obra: “naquele filme, a história sobre os últimos é exemplar e é um convite para preservar seu precioso olhar sobre a realidade. Penso nas palavras que o Bobo dirige a Gelsomina: ‘Tu, pedrinha, tem um significado nesta vida'”. Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui
Papa recorda um clássico de Fellini: “La strada” ficou no meu coração
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